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quarta-feira, 5 de março de 2025
Infraestrutura

Goiás tem mais de 30 obras inacabadas

Estado conta com pelo menos 32 obras que estão paralisadas e algumas não possuem uma previsão de entrega

Postado em 5 de março de 2025 por Renata Ferraz
Obras
Foto: Divulgação

Apesar dos esforços na entrega de diversas obras em Goiás, um grande número de projetos permanecem inacabados, gerando preocupação entre a população. Atualmente, o estado conta com pelo menos 32 obras iniciadas que estão paralisadas, sem previsão de conclusão, o que evidencia desafios na gestão e execução dessas construções.

Desse número, 25 fazem parte de projetos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), incluindo duas quadras esportivas, reformas e construções de escolas, o que representa 84% das obras interrompidas. Além disso, há projetos da Agência Estadual de Habitação (Agehab), três da Companhia de Saneamento de Goiás- Saneago e um do Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

Segundo informações do painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Infraestrutura de Goiás (Seinfra), esses trabalhos somam um investimento total de R$ 52,48 milhões. Deste valor, o governo já pagou R$ 26,61 milhões às empresas responsáveis pelas construções, enquanto R$ 25,37 milhões foram liquidados pelas empresas. No entanto, ainda restam R$ 17,32 milhões a serem pagos pelo governo estadual. Caso haja necessidade de novas licitações, esse valor pode aumentar.

A Seinfra, responsável pelo acompanhamento do andamento das obras, informou que outras pastas do governo também devem atualizar as informações sobre os projetos. Segundo a pasta, as chuvas foram um dos principais fatores que impediram o avanço das obras. Um dos projetos que estão paralisados há mais tempo é a construção de uma escola, um centro de educação infantil e uma praça no setor Madre Germana II, que permanecem sem data para conclusão desde 2022. O valor dessas obras ultrapassa os R$ 5 milhões e a previsão inicial de entrega era para setembro de 2020.

A Agehab, responsável por esses serviços, afirmou que a principal razão para a paralisação foi a falta de repasse do governo federal, o que obrigou o órgão a assumir os custos desde 2020. Uma nova tentativa de retomada foi feita em 2022, mas sem sucesso. Para finalizar os projetos, a agência de habitação terá que realizar uma nova licitação, com previsão de conclusão dos trabalhos em pelo menos 1 ano e seis meses.

No caso das obras da Seduc, que incluem diversas escolas em Goiânia, a secretaria informou que algumas construções foram interrompidas devido a incongruências na situação atual das unidades. Uma das quadras mencionadas, localizada no Cepi Carlos Alberto de Deus, tem previsão de retomada das obras ainda no primeiro semestre de 2025, com conclusão estimada para o final do mesmo ano.

A cidade de Aparecida de Goiânia também enfrenta problemas com serviços inacabados. Entre elas, duas instituições de ensino, o Colégio Estadual da Polícia Militar Nader Alves dos Santos e o Cepi Tiradentes, estão paralisadas. A Seduc informou que esses projetos estão em processo de atualização e que a retomada das obras está prevista para o segundo semestre de 2026. A justificativa para a paralisação, é o abandono das empresas vencedoras das licitações, sem qualquer explicação oficial.

A Seinfra aponta que a principal causa das paralisações é justamente o abandono das empresas responsáveis pelos projetos. Das 32 obras paralisadas, 25 constam no sistema com a justificativa “revisão de contrato”, o que indica que foram interrompidas devido à desistência das construtoras.

A população goiana segue preocupada com a situação das obras sem conclusão, especialmente aquelas voltadas para a educação. Com diversas construções paradas e sem previsão concreta de retomada, o problema se torna um desafio para a gestão estadual e para o desenvolvimento das regiões afetadas. A expectativa é de que novas licitações sejam realizadas e que os projetos possam ser concluídos dentro dos novos prazos estabelecidos.

Leia mais: Goiás é o terceiro estado do país que mais gera empregos

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