“Goiás já faz sua parte”, diz Caiado ao retrucar Lula
Governador lembrou presidente que estado foi pioneiro na desoneração dos alimentos, garantindo redução do preço nas prateleiras

Em meio ao debate nacional sobre a redução de impostos sobre alimentos, o governador Ronaldo Caiado (UB) destacou que Goiás já adota, desde março de 2022, políticas de desoneração da cesta básica, com alíquotas zeradas ou significativamente reduzidas para itens essenciais.
Em entrevista à Rádio Interativa, na última segunda-feira (10), o governador reforçou, ainda, que o estado é pioneiro nessa medida. “Goiás já faz sua parte para reduzir o preço da cesta básica”, afirmou, ao completar a garantia e o alívio para o bolso dos goianos.
“Enquanto o governo federal gasta sem planejamento e aumenta a dívida pública, Goiás mostra que é possível governar com seriedade, transparência e resultados concretos para a população”, comentou Caiado ao citar que ovos, frutas, legumes, verduras, leite, milho, trigo, aveia e raízes já têm taxa zero de impostos no estado.
Segundo ele, outros produtos da cesta básica, como arroz, feijão, açúcar, café, macarrão, óleo, sal, manteiga, queijo, farinha e pães “tiveram suas alíquotas reduzidas de 19% para 7% há mais de três anos”.
Sobre o anúncio da redução de impostos de itens da cesta básica por parte do governo federal para tentar conter a inflação de alimentos, Caiado lembrou que representantes federais passaram a pedir aos estados que fizessem a mesma coisa. “Não é porque o governo federal está falando disso agora que Goiás precisa correr atrás. Já fizemos nossa parte há anos, com responsabilidade fiscal e respeito ao dinheiro público”, disse o governador.
Caiado acrescentou ainda que o governo federal tem deixado de honrar compromissos com o estado, como o pagamento de R$ 150 milhões referentes a medicamentos de alto custo e R$ 350 milhões por serviços prestados em hospitais credenciados.
Apelo aos estados
O pedido feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que os estados isentem o ICMS sobre produtos da cesta básica gerou reações negativas entre Caiado e outros governadores.
A medida, que integra o esforço do governo federal para controlar a alta dos preços dos alimentos, não foi bem recebida por muitos líderes estaduais, que a compararam com a redução de ICMS promovida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de conter os preços dos combustíveis em ano eleitoral.
Para esses governadores, o movimento de Lula e Alckmin poderia ter sido mais conciliador, convocando uma reunião com as autoridades estaduais antes de transferir a responsabilidade para os entes federativos.
O apelo para a isenção do ICMS, feito por Alckmin na última quinta-feira (6), aconteceu logo após o anúncio de isenção de tarifas de importação para produtos como carne, café, óleo de girassol, milho, óleo de palma, sardinha e açúcar. Durante essa fala, o vice-presidente pediu aos governadores que adotassem a mesma política nos estados onde o ICMS é aplicado sobre os produtos da cesta básica.
Leia mais: Alckmin pede que estados diminuam o ICMS sobre a cesta básica
Lula, por sua vez, não só reforçou o pedido de seu vice, como destacou a possibilidade de medidas mais severas, afirmando que o governo federal poderá adotar “ações drásticas” se os preços não caírem
Além de Caiado, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, também respondeu o governo. “Aqui em São Paulo, estamos fazendo o dever de casa desde o início da gestão quando o assunto é comida mais barata na mesa. Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens do dia a dia”, afirmou
Outro a se manifestar foi Ratinho Júnior, que comanda o estado do Paraná. “Aqui em São Paulo, estamos fazendo o dever de casa desde o início da gestão quando o assunto é comida mais barata na mesa. Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens do dia a dia”, disse.