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quarta-feira, 12 de março de 2025
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Agro

Prazo final para a semeadura do girassol em Goiás se aproxima

Safra 2024/2025 da planta deve atingir 76,2 mil toneladas, um crescimento de 70,5% em relação ao ciclo anterior

Postado em 11 de março de 2025 por Eduarda Leão
10 abre Wenderson Araujo CNA
| Foto: Wenderson Araujo | CNA

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforça que os produtores rurais de Goiás devem concluir a semeadura do girassol até o dia 31 de março. A medida, prevista na Instrução Normativa nº 01/2022, visa conter a proliferação da ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, por meio do controle das plantas voluntárias de soja (tiguera) que germinam entre as lavouras da planta.

O cultivo do girassol na safrinha, geralmente após a colheita da soja, tem se destacado na economia goiana. No entanto, o descumprimento do calendário de semeadura pode elevar o risco de contaminação por ferrugem asiática, comprometendo a saúde das lavouras e a produtividade agrícola.

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que o respeito aos prazos minimiza a incidência de pragas e protege a próxima safra. “Todas as ações e medidas fitossanitárias na área de sanidade vegetal são adotadas após estudos e avaliações técnico-científicas, inclusive com apoio e aprovação de entidades do setor produtivo”, afirma.

A Agrodefesa determina que qualquer planta voluntária de soja nas imediações das lavouras de girassol deve ser eliminada. Apenas as que crescem no interior da cultura podem permanecer até a colheita. Além disso, lavouras semeadas após 14 de março devem utilizar cultivares de ciclo curto, colhidas obrigatoriamente até 15 de julho.

Outro ponto essencial é o cadastramento da lavoura no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), que deve ser realizado em até 15 dias após a semeadura. O registro permite monitoramento e ações preventivas para garantir a sanidade vegetal e a produtividade das lavouras. “É uma forma de acompanharmos a produção de girassol no Estado e planejarmos ações necessárias de sanidade vegetal para essa atividade agrícola”, afirma Daniela.

No ranking nacional, Goiás lidera a produção da planta. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024/2025 de girassol no estado deve atingir 76,2 mil toneladas, um crescimento de 70,5% em relação ao ciclo anterior. A produtividade também deve aumentar em 11,4%, alcançando 1,27 tonelada por hectare. A região também deve expandir sua área plantada em 53,1%, chegando a 60 mil hectares.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que o girassol tem se tornado uma opção rentável devido à sua versatilidade e resistência climática.

“Podemos destacar desde a utilização para produção de óleo até para alimentação animal, já que as sementes são usadas como ração animal, especialmente para aves e suínos. Após a extração do óleo, o resíduo, que é o farelo de girassol, é ainda uma excelente fonte de proteínas e fibras para a alimentação do gado, contribuindo para a produção de carne e leite”, pontua José Ricardo.

“Essa atividade agrícola se tornou excelente opção de cultivo após a safra principal. Daí a importância da Agrodefesa na execução de ações que assegurem a sanidade vegetal no Estado e colaborem para a economia agrícola goiana”, finaliza o presidente.

Além do impacto econômico, a planta contribui para a qualidade do solo, auxiliando na aeração e decomposição de matéria orgânica. Em Goiás, também tem sido cada vez mais utilizado em paisagismo e na produção de cosméticos e produtos alimentícios, como snacks e rações para animais.

A cultura do girassol se firma como uma alternativa estratégica para a agricultura goiana. No entanto, o respeito às normativas é essencial para garantir uma produção segura e livre de riscos fitossanitários. O produtor que não seguir as regras pode comprometer não apenas sua colheita, mas todo o ecossistema agrícola do estado.

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