A Universidade Estadual de Goiás (UEG) encerrou 48 cursos presenciais de graduação desde 2019. Em cinco dessas localidades, todos os cursos foram descontinuados, deixando os prédios sem atividade acadêmica. O projeto de reestruturação de 2019 previa a extinção de 57 graduações e 15 câmpus, porém, não foi finalizado. Na época, a UEG tinha 45 câmpus em 43 cidades diferentes do estado. Hoje, são 40 câmpus em 38 cidades.
Além disso, outras 39 ofertas de cursos que são ofertados atualmente não receberam nenhum ingressante em 2025, podendo ser descontinuadas nos próximos anos. Outras seis ofertas registraram menos de dez ingressantes neste ano.

Atualmente, cinco unidades estão completamente sem oferta de ensino. Crixás e Niquelândia, vinculadas ao Câmpus Norte, em Uruaçu, além de Edéia e Mineiros, do Câmpus Sudoeste, em Quirinópolis, e Sanclerlândia, ligada ao Câmpus Oeste, em São Luís de Montes Belos, não possuem mais alunos matriculados. Algumas dessas estruturas foram cedidas para escolas municipais e estaduais, enquanto outras seguem sem definição sobre o futuro.

Oito unidades da Universidade não abrem vagas desde 2021 devido a falta de processo seletivo. Segundo o reitor Antônio Cruvinel, a suspensão da abertura de novas turmas está relacionada ao estatuto da instituição, que exige um mínimo de 75% de docentes efetivos em cada curso para a realização de vestibulares. Além disso, são analisados critérios técnicos como a infraestrutura e quantidade de professores disponíveis.

Entre as três resoluções do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Goiás (CsU) da UEG, a de novembro de 2023 destaca-se como a que mais extinguiu cursos. Ao todo, foram 21 cursos encerrados, sendo 14 na modalidade licenciatura, 6 de tecnólogo e 1 de bacharelado. A resolução mais recente, de janeiro deste ano, extinguiu sete cursos no total. Desses, a modalidade mais impactada foi o bacharelado, com 4 extinções, seguida pelos cursos de tecnólogo (2) e licenciatura (1).