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quarta-feira, 12 de março de 2025
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FAMILIA E ESCOLA

Incentivo à escrita na infância fortalece o pensamento e a criatividade

Parceria entre família e escola é importante para estimular o hábito da escrita desde cedo

Postado em 12 de março de 2025 por Luana Avelar
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O desenvolvimento da escrita começa antes mesmo de a criança entrar na escola, com os pais atuando como os primeiros incentivadores desse processo. Já a escola tem a responsabilidade de oferecer a orientação formal, adaptando o aprendizado às necessidades de cada aluno. A parceria entre família e instituição é fundamental para promover o hábito da escrita desde cedo, contribuindo para o desenvolvimento da linguagem, a ampliação do vocabulário e a compreensão das regras da língua.

Para Márcia Neves, professora com mais de 10 anos de experiência em alfabetização e letramento, a prática da escrita organiza o pensamento, fortalece o raciocínio lógico e estimula a imaginação. “Incentivar essa habilidade desde a infância contribui para o crescimento integral da criança, ajudando-a a se comunicar, interpretar e criar de forma mais eficaz”, afirma.

Leituras compartilhadas, jogos de cartas, adivinhações, diários e bilhetes são formas simples e eficazes de incentivar a escrita em casa. A comunicação familiar cotidiana também fortalece as habilidades comunicativas das crianças, permitindo que elas desenvolvam o pensamento lógico e a criatividade de maneira natural. No entanto, em famílias com baixa escolaridade, a escola assume a responsabilidade de complementar esse estímulo e garantir que todas as crianças tenham acesso a uma formação linguística sólida.

Um levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional revelou que, entre os alunos brasileiros de 15 e 16 anos, 66,3% relataram que o livro mais extenso que já leram não ultrapassou 10 páginas, evidenciando o desafio de estimular o interesse pela leitura e pela escrita entre os jovens.

Márcia destaca ainda que o uso excessivo de telas tem gerado impactos no desenvolvimento cognitivo das crianças, como dificuldade em manter o foco, distanciamento das atividades psicomotoras, menos contato familiar e social e até dependência digital. “Para lidar com essa exposição às telas, precisa partir de casa a regulação do tempo para o uso de dispositivos eletrônicos, incluindo a TV, além de incentivar atividades fora das telas e orientar o uso da internet para fins educativos”, orienta.

A escola, por sua vez, deve atuar em parceria com a família para reforçar o estímulo à leitura e à escrita. A adoção de estratégias como a criação de projetos de leitura, o incentivo à escrita criativa e a oferta de um ambiente que valorize a expressão das ideias das crianças são formas eficazes de fortalecer esse processo. “Atividades como bilhetes, diários e cartas tornam a escrita mais natural e significativa para os alunos”, sugere Márcia.

Essa colaboração entre família e escola é necessária para ajudar as crianças a encontrar um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o real, permitindo que desenvolvam não apenas habilidades de leitura e escrita, mas também a capacidade de interpretar e criar com autonomia e confiança.

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