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terça-feira, 18 de março de 2025
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Escalada de violência

Hamas responsabiliza EUA por ataques em Gaza​

Movimento palestino acusa Washington de cumplicidade em ofensiva israelense

Postado em 18 de março de 2025 por Herbert Alencar
Hamas
Foto: Repodução

O movimento islâmico palestino Hamas acusou os Estados Unidos de serem diretamente responsáveis pela recente escalada de violência na Faixa de Gaza, após o veto norte-americano a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo imediato na região. Essa acusação surge em meio a intensos confrontos que resultaram em centenas de mortes e aprofundaram a crise humanitária no enclave palestino.

Em 20 de novembro de 2024, os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança que solicitava um cessar-fogo permanente em Gaza e a liberação imediata de todos os reféns. A resolução recebeu 14 votos favoráveis, incluindo aliados tradicionais dos EUA, como Reino Unido e França. No entanto, o governo norte-americano justificou seu veto alegando que o texto não vinculava o cessar-fogo à libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023.

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Em resposta, o Hamas emitiu um comunicado acusando os EUA de serem cúmplices na “guerra de extermínio e limpeza étnica” conduzida por Israel em Gaza. O grupo afirmou que o veto norte-americano demonstra um apoio direto às ações militares israelenses, que resultaram na morte de milhares de palestinos, incluindo mulheres e crianças.

A recente retomada dos combates intensificou ainda mais a crise humanitária em Gaza. Hospitais estão à beira do colapso, com relatos de destruição deliberada de equipamentos médicos essenciais. Organizações humanitárias, como a Médicos Sem Fronteiras, denunciaram que máquinas médicas foram aparentemente destruídas de forma intencional no Hospital Indonésio em Gaza, tornando-o inoperante em meio à devastação generalizada na Cidade de Gaza e no campo de refugiados de Jabalia.

A comunidade internacional tem manifestado preocupação com a escalada do conflito e as consequências humanitárias. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou alarme com a violência contínua e pediu um cessar-fogo imediato, além de acesso irrestrito para ajuda humanitária em Gaza. Entretanto, as divisões no Conselho de Segurança, exemplificadas pelo veto dos EUA, têm dificultado uma resposta unificada para pôr fim às hostilidades.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem adotado uma postura firme em relação ao conflito. Trump ameaçou “desencadear o inferno” contra aqueles que “aterrorizam” Israel ou os EUA, sinalizando um apoio inabalável às ações israelenses. Essas declarações foram vistas pelo Hamas como um incentivo para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evite compromissos com o cessar-fogo e endureça o bloqueio sobre Gaza.

A situação em Gaza permanece crítica, com a população civil sofrendo as consequências de bombardeios incessantes, bloqueios que impedem a entrada de suprimentos básicos e uma infraestrutura de saúde em colapso. A comunidade internacional enfrenta o desafio de mediar um cessar-fogo duradouro que permita a assistência humanitária e abra caminho para negociações de paz efetivas.​

Em suma, a acusação do Hamas de que os EUA são responsáveis pela escalada em Gaza reflete a complexidade do conflito e as tensões geopolíticas envolvidas. O veto norte-americano a uma resolução de cessar-fogo na ONU e o apoio declarado a Israel destacam os desafios para alcançar uma solução pacífica e justa para a crise na região.

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