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quarta-feira, 19 de março de 2025
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erro judicial

Mulher é presa por engano ao denunciar agressão no Rio de Janeiro

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais admitiu o erro na emissão do mandado de prisão

Postado em 19 de março de 2025 por Renata Ferraz
Mulher
Foto: Reprodução

No último domingo (16), uma mulher identificada como sendo, Débora Cristina da Silva Damasceno foi até uma delegacia no Rio de Janeiro para denunciar o marido por agressão e solicitar uma medida protetiva. No entanto, ao invés de receber o auxílio esperado, acabou sendo presa por um crime que não cometeu.

Segundo os advogados da mulher, um erro no sistema de procurados indicava um mandado de prisão em aberto contra ela, relacionado a uma condenação por tráfico de drogas em Belo Horizonte, cidade para onde a mulher jamais viajou. Após passar dois dias detida, ela foi solta na terça-feira (18), ao ter sua inocência reconhecida pela Justiça.

De acordo com o RJTV, o registro de ocorrência feito por Débora reforçava que ela apresentava “lesões aparentes”. No entanto, ao realizarem uma consulta em seu nome, os policiais encontraram um mandado expedido pela Justiça mineira. O documento levava seu nome completo, mas a verdadeira condenada não possuía o sobrenome “Silva”. Além disso, o mandado apresentava informações incorretas como CPF e data de nascimento, o que levou à prisão equivocada.

Somente na tarde de terça-feira  a Justiça do Rio reconheceu o erro e determinou sua libertação. Ao deixar o presídio, Débora relatou o desespero vivido: “Ninguém espera que vai na delegacia dar uma queixa e sai algemada. Meu chão caiu. Passei um perrengue que não era pra mim. Quero minha casa, quero ver minha mãe, minha avó que está com 82 anos desesperada. Foi apavorante”. A mulher também afirmou que nunca sequer esteve em Belo Horizonte e que seus deslocamentos sempre se limitaram entre Petrópolis e o Rio de Janeiro.

A Polícia Civil do Rio informou que cumpriu o mandado conforme estava no sistema e que segue investigando as agressões sofridas por Débora, além de já ter solicitado medidas protetivas contra o agressor. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais admitiu o erro na emissão do mandado de prisão, o que resultou na detenção injusta da mulher.

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