Goiás é o estado que mais ouve Eletrofunk e impulsiona o gênero no Brasil
Com 25 anos de história, ritmo que mistura batidas eletrônicas e funk segue em alta e conquista novos públicos

O Eletrofunk completa, este ano, 25 anos de uma história que influenciou o cenário musical brasileiro, consolidando nomes que se tornaram referência no gênero. Misturando batidas eletrônicas com o ritmo envolvente do funk, o estilo conquistou o público e ajudou a moldar a identidade da música nacional contemporânea.
Embora haja registro de execução em períodos distintos da história, o estilo ganhou força nos anos 2000 e o boom do movimento ocorreu em meados de 2012, impulsionado, principalmente, pela Internet e pela distribuição de CDs. Ao longo dessa trajetória, artistas e produtores se destacaram, levando o eletrofunk das comunidades para os grandes festivais e plataformas de streaming.
Ainda que o gênero musical tenha sido impulsionado em Goiás nos últimos anos e ganhado mais fôlego entre amantes da música sertaneja, é importante destacar que este movimento iniciou no Paraná, onde se consagraram nomes como Edy Lemond, dono da canção “Madagascar”, um dos hits mais conhecidos quando se fala em Eletrofunk. Ele é, inclusive, o responsável por gravar o primeiro DVD 100% autoral com músicas que grudam na mente do público e batidas inesquecíveis.
Artistas goianos de Eletrofunk
Em Goiás, nomes como Jiraya Uai e DJ Vinicius Cavalcante representam a nova geração de músicos com apresentações inspiradas naquelas que caíram no gosto do público em meados de 2012 incluindo som automotivo e muita música eletrônica. Segundo o Google, o estado é o que mais busca pelo termo Eletrofunk em pesquisas. Em seguida, aparecem Tocantins e Mato Grosso. A cidade goiana que mais busca pela palavra é Rio Verde, no Sudoeste do estado.
O Eletrofunk se diferencia dos demais gêneros pelo conjunto que compõe cada apresentação e, no caso de Edy Lemond, até o visual diferenciado chama a atenção do público, já que ele busca referências nas redes sociais e de fora do país para compor os figurinos.

Os números são a maior evidência do poder das canções do artista, uma delas Tuts Tuts, já alcançou o sucesso três vezes, ultrapassando 300 milhões de visualizações no YouTube, chegando ao Top 50 do Spotify e se tornando um dos maiores hits do ano. O artista caiu, inclusive, nos gostos de famosas como Virgínia Fonseca e Mel Maia.
“A gente não consegue explicar exatamente o que há por trás do sucesso, mas acredito que a nostalgia tenha um papel importante. Muitos fãs ouviram a música pela primeira vez na juventude, depois formaram família e apresentaram a canção para os filhos, perpetuando esse vínculo. Além disso, sempre procurei trabalhar com letras sutis e menos apelativas e o resultado mais fiel a isso é o alcance e durabilidade desse trabalho”, afirma Edy.
O artista destaca que, para o Eletrofunk seguir em alta, é preciso sempre buscar novidades para apresentar ao público que vai desde crianças até idosos.
“Embora as músicas de dez anos atrás sejam todo esse sucesso, não podemos deixar de buscar novidades para o público. É importante manter a nostalgia com esse sabor de novidade. Por isso, estamos sempre antenados em tendências de fora do país, inclusive, para levar isso para os shows e trabalhos visuais”, afirma. No Paraná, outros nomes se destacam no estilo, como a DJ Mayara e o DJ Cleber Mix, um dos precursores do movimento.
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