Polícia Civil desarticula grupo criminoso que vendia óleo e shampoo de maconha em Goiânia
Os policiais localizaram, em um apartamento no Setor Bueno, duas estufas com diversos pés de maconha, além de frascos, rótulos e produtos já prontos para venda

Na última quinta-feira (20) a Polícia Civil de Goiás, realizou, a operação Oil Green, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável pelo plantio, cultivo, produção e venda ilegal de produtos derivados da maconha. A comercialização ocorria por meio de redes sociais e os produtos eram enviados para clientes em diversos estados do Brasil.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar em Goiânia. As investigações começaram após a interceptação de encomendas nos Correios, enviadas da capital goiana, que continham frascos de óleo de cannabis e tinham como destino pessoas de diferentes estados.
Conforme apurado pela Polícia, o grupo criminoso era formado por quatro pessoas, que mantinham o cultivo da cannabis em residências vinculadas aos investigados. Os suspeitos produziam óleo e shampoo antiqueda à base da planta e vendiam os produtos como alternativa de tratamento para diversas doenças, sem qualquer autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O grupo atuava há cerca de cinco anos e comercializava cada unidade por aproximadamente R$ 300.
Durante as buscas, a Polícia localizou em um apartamento no Setor Bueno, duas estufas com diversos pés de maconha, além de frascos, rótulos e produtos já prontos para venda. Também foram encontrados equipamentos utilizados na extração e produção dos derivados da cannabis, configurando o funcionamento de um laboratório clandestino.
A fabricação e comercialização de produtos à base de maconha para fins terapêuticos e medicinais é permitida no Brasil, desde que haja autorização prévia da ANVISA. Em alguns casos, o Poder Judiciário autoriza, de forma excepcional, o plantio e a extração para uso próprio. No entanto, a venda sem autorização é considerada crime.
Uma das investigadas possuía autorização judicial para o plantio e uso pessoal dos produtos, mas a polícia constatou que ela utilizava essa permissão para comercializar os derivados da cannabis, violando as regras estabelecidas.
As investigações continuam para identificar possíveis outros envolvidos no esquema.