Influenciadora sofre transfobia em peça de teatro e PM é acionada
Agressora foi vaiada pela plateia e deixou o local

A influenciadora trans Malévola Alves denunciou um caso de transfobia antes do início da sessão do musical Wicked, realizada na noite da última quarta-feira (26), no Teatro Renault, em São Paulo. Segundo relatos, a agressão verbal partiu de uma mulher da plateia, gerando indignação entre os presentes. O espetáculo sofreu um atraso de aproximadamente 18 minutos devido à situação.
Caso gerou protestos na plateia
De acordo com testemunhas, o episódio ocorreu no Foyer do teatro, onde Malévola foi alvo de comentários transfóbicos. O conflito se estendeu para dentro da plateia, até que, sob vaias e protestos do público, a mulher acusada de transfobia deixou o local.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a plateia reage com indignação, cobrando uma posição do teatro. A conta oficial da produção de Wicked no Instagram confirmou o incidente e informou que a Polícia Militar foi acionada para tomar as providências cabíveis.
Produção do musical repudia transfobia
A equipe responsável pela montagem brasileira de Wicked divulgou uma nota oficial condenando qualquer tipo de discriminação. No comunicado, a produção reforçou seu compromisso com a inclusão e a diversidade.
“A história de Wicked celebra a aceitação das diferenças e a luta contra preconceitos, valores que também defendemos fora dos palcos. Acreditamos que o teatro deva ser um ambiente de acolhimento e representatividade e não toleramos qualquer discriminação em nenhuma de suas formas.”
A nota ainda destacou que o teatro continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.

Investigação em andamento
A Polícia Militar do Estado de São Paulo foi chamada ao local e acompanhará o caso para investigar a possível prática de crime de transfobia. A legislação brasileira prevê penalidades para atos discriminatórios contra pessoas trans, incluindo a possibilidade de enquadramento na Lei do Racismo (Lei 7.716/89), que proíbe discriminação por identidade de gênero.
Até o momento, Malévola Alves não se manifestou oficialmente sobre o desdobramento da denúncia.