Golpistas se passavam por donos de lotéricas e causam prejuízo de R$ 500 mil em Goiás
Criminosos usavam o WhatsApp para enganar funcionários e aplicar golpes com boletos falsos

A Polícia Civil investiga um grupo suspeito de se passar por proprietários de casas lotéricas em Goiânia e Anápolis para aplicar golpes em funcionários por meio de boletos bancários falsos. A fraude, realizada via WhatsApp, teria causado um prejuízo estimado de R$ 500 mil.
Batizada de Operação Boleto Fantasma, a ação foi realizada na última sexta-feira (4), na capital, pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC) de Anápolis.
Segundo as investigações, os suspeitos entravam em contato com os funcionários das lotéricas fingindo ser os donos do estabelecimento. Pelas mensagens, eles ordenavam o pagamento de determinados boletos. Sem desconfiar da fraude, os funcionários seguiam as instruções e realizavam as transferências para contas indicadas pelos golpistas.
Como os pagamentos eram feitos por meio de transferência imediata (Pix ou TED), as vítimas só percebiam o golpe após a conclusão da operação financeira — quando já não era mais possível reaver o dinheiro.
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Após diversas denúncias, a polícia conseguiu identificar integrantes do grupo e solicitou a quebra de sigilo bancário dos investigados. Também foi realizada uma busca e apreensão na residência de um dos suspeitos, em Goiânia. No local, foram encontrados chips de celulares, contas bancárias em nome de terceiros e uma quantia significativa em dinheiro.
Apesar das apreensões, ninguém foi preso até o momento. As investigações continuam com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema.
A Polícia Civil também orienta que funcionários de casas lotéricas que tenham sofrido golpes semelhantes procurem a delegacia para prestar depoimento e auxiliar nas apurações.