A atriz Fernanda Machado, de 44 anos, revelou nas redes sociais que foi diagnosticada com Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), condição severa que vai muito além da conhecida TPM. Em vídeo publicado no Instagram, ela contou que convive com o transtorno há um ano e meio e que está pronta para falar publicamente sobre o tema, que ainda é pouco compreendido. Segundo Fernanda, o diagnóstico representou um alívio por finalmente entender o que estava acontecendo com seu corpo e sua mente.

O TDPM é um distúrbio de origem hormonal que afeta entre 3% e 8% das mulheres em idade fértil e se manifesta uma ou duas semanas antes da menstruação. Seus sintomas — como irritabilidade extrema, crises de ansiedade, depressão e oscilações de humor intensas — são mais graves do que os da TPM comum, chegando a interferir seriamente na rotina profissional, acadêmica e afetiva das pacientes. “TDPM é coisa séria”, afirmou Fernanda, que vive atualmente na Califórnia com o marido e os dois filhos.

Em seu relato, a atriz destaca que o diagnóstico foi apenas o começo de uma intensa jornada de aprendizado. Desde então, ela se matriculou em um curso de saúde hormonal feminina nos Estados Unidos e mergulhou nos estudos para entender melhor a própria condição e ajudar outras mulheres a identificarem sinais semelhantes. “Decidi que traria luz e atenção para esse transtorno tão sério, que se fala tão pouco e destrói a vida de milhares de mulheres”, disse.

Fernanda também aproveitou a ocasião para anunciar o lançamento de seu livro Tudo que não me contaram sobre a maternidade, previsto para maio no Brasil. A obra aborda não apenas a experiência da maternidade, mas também os impactos dos hormônios no corpo feminino. “Uma coisa está totalmente ligada à outra”, declarou, reforçando a importância de discutir a saúde hormonal com mais profundidade.

Com seu depoimento sincero, Fernanda Machado levanta um debate urgente sobre o TDPM e a invisibilidade dos transtornos hormonais femininos. Sua fala busca desmistificar a ideia de que alterações de humor pré-menstruais são apenas “drama” ou exagero. Em vez disso, ela propõe que o sofrimento de tantas mulheres seja reconhecido, acolhido e tratado com a seriedade que merece.