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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
indústria do entretenimento

A beleza fora do padrão incomoda? Aimee Lou Wood reage a comentários sobre seus dentes em The White Lotus

Atriz britânica desabafa sobre foco excessivo na aparência e lembra inseguranças durante escalação para série da HBO

Luana Avelarpor Luana Avelar em 9 de abril de 2025
Foto: Instagram
Foto: Instagram

Aimee Lou Wood está conquistando o público com sua atuação como Chelsea na nova temporada de The White Lotus, mas, em vez de elogios ao seu desempenho, o que mais tem chamado a atenção são os comentários sobre sua aparência – especialmente seus dentes. Apesar de algumas reações positivas, a atriz britânica afirmou que o foco excessivo no visual tem sido motivo de incômodo. “A conversa sempre gira em torno dos dentes. Isso me deixa um pouco triste porque não consigo falar sobre meu trabalho”, lamentou em entrevista à revista GC.

A atriz também revelou o desconforto que sente ao perceber que sua imagem é constantemente analisada, mesmo quando o tom parece elogioso. “Fico muito feliz que simbolize rebelião e liberdade, mas há um limite”, declarou. Segundo ela, o tratamento midiático e nas redes sociais pode ser influenciado por questões de gênero. “Não sei, se fosse um homem estaríamos falando tanto sobre isso?”, questionou, expondo a desigualdade na forma como artistas são julgados.

Aimee também compartilhou detalhes da sua insegurança durante o processo de seleção para o papel. Embora tenha sido escolhida por Mike White, criador da série, a atriz ficou abalada ao saber que ele precisou insistir em sua escalação. “Alguém me disse o quanto Mike lutou por mim. Eles disseram ‘tinha que ser você, não importa o que a HBO dissesse’. Honestamente, foi o lugar mais legal, mas minha cabecinha disse: ‘a HBO não me queria. E eu sei por que… é porque eu sou feia. Mike teve que dizer ‘Por favor, me deixe ficar com a garota feia!’”, contou, com humor, mas também evidenciando a pressão estética que enfrenta.

Durante as filmagens, a artista também viveu momentos de vulnerabilidade ao perceber que até aspectos naturais de seu corpo eram interpretados como “criações de personagem”. Ela recordou uma cena em que precisava correr, e o cinegrafista elogiou o que pensou ser uma escolha cênica: “Frank diz ‘Aquela escolha que você fez com a corrida estranha? Isso é genial’. E eu digo, ‘Frank, essa é a minha corrida’”.

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