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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Agronegócio

Tecnoshow é marcada pelas discussões sobre a geopolítica do agro brasileiro

Projeção é que a feira ultrapasse os R$ 9 bilhões movimentados na edição passada

Thiago Borgespor Thiago Borges em 10 de abril de 2025
Tecnoshow é marcada pelas discussões sobre a geopolítica do agro brasileiro
Foto: Divulgação

O terceiro dia da 22ª edição da Tecnoshow Comigo, considerada uma das principais feiras do agronegócio brasileiro, foi marcado pela divulgação de alguns dos impactos econômicos do evento em Rio Verde. Na última quarta-feira, 9, além das projeções financeiras da feira, temas relevantes para o agronegócio brasileiro foram discutidos. 

“Os dois primeiros dias foram ótimos, em termos de público, em termos de satisfação por parte dos visitantes que aqui estiveram. No ano passado, nós tínhamos um cenário comercial onde havia uma tendência de redução de um preço dos insumos, uma possível queda nos preço dos fertilizantes. [Neste ano] estamos vendo uma safra que eu diria ótima, na área de ação da Comigo no estado de Goiás […] está sendo recorde de produtividade”, afirmou Claudio Teoro, diretor de Insumos da Comigo e coordenador geral da Tecnoshow. 

Teoro ainda afirmou que, na edição anterior, a Comigo fechou, em 5 dias de feira, R$ 1 bilhão em negócios. “Nós estamos com 2 dias de feira, o nosso fechamento de ontem já foi R$ 520 milhões em negócios, isso nos leva a prever que será um ano muito bom”. O coordenador do evento disse não preferir antever um valor de movimentação financeira, mas garantiu estar otimista que a atual edição irá superar os R$ 9 bilhões movimentados em 2024. “Se nós pensarmos só nos agentes financeiros e [na movimentação da] Comigo, nós já estamos falando de um número, seguramente, na ordem de R$ 5 bilhões.”

Quem também participou da feira foi o ex-ministro do governo da presidente Dilma Rousseff e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (MDB). O ex-deputado tratou do cenário atual da geopolítica agropecuária brasileira. Rebelo explicou que, atualmente, o mundo enfrenta duas agendas cruciais: a segurança energética e alimentar. “Não podemos viver sem essas duas questões, e os recursos para produzi-las são limitados. No entanto, o Brasil tem a capacidade de atendê-las”, destacou.

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O ex-ministro também ressaltou que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a agropecuária brasileira como um fator fundamental na luta global contra a fome. Segundo ele, isso se deve aos recursos naturais, o conhecimento sobre agricultura tropical e a força de trabalho – representada na imagem do agricultor brasileiro.

“O agricultor brasileiro é um recurso valioso, com uma mão de obra reconhecida mundialmente. Nós, brasileiros, temos uma conexão única com a produção de alimentos e, além de exportar conhecimento, também exportamos profissionais”, afirmou.

O ex-parlamentar ainda explicou como no último ano alguns produtos impulsionaram as exportações brasileiras, destacando a soja, o milho e as carnes. “Nossa diversidade produtiva confere ao Brasil uma influência global que muitas vezes subestimamos. Outros países reconhecem esse potencial, nossa força e o poder geopolítico que exercemos”, concluiu.

Como mostrado anteriormente pela reportagem do O HOJE, a feira é um marco para a cidade de Rio Verde, que tem se destacado como um polo do agronegócio brasileiro, e deve ser, também, uma das marcas da gestão do prefeito Wellington Carrijo (MDB) no comando do município. (Especial para O Hoje)

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