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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Multa coletiva

STF vê obstáculo técnico em proposta de anistia para condenados do 8 de janeiro

Multa coletiva de R$ 30 milhões pendente de definição pode inviabilizar perdão antes do julgamento de todos os réus

Bruno Goulartpor Bruno Goulart em 11 de abril de 2025
STF foto reprodução
STF foto reprodução

Enquanto o Congresso debate a anistia aos envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apontam um problema técnico: a multa coletiva de R$ 30 milhões, imposta solidariamente a todos os condenados, ainda não pode ser calculada enquanto houver processos pendentes. Até agora, 542 pessoas foram condenadas, 546 fizeram acordos com a PGR, mas outras 498 ações ainda aguardam julgamento.

O STF estabeleceu que o valor da multa, destinada a um fundo de reparação de danos, será rateado entre todos os condenados. Como o número final de réus ainda não está definido, não há como determinar o valor individual da pena – o que, na visão do Supremo, inviabiliza uma anistia antes da conclusão dos julgamentos.

Leia mais: Caiado alega “desproporção” das penas para envolvidos no 8/1

Enquanto isso, o PL, partido de Jair Bolsonaro, afirma ter assinaturas suficientes para pedir urgência na votação do projeto na Câmara.

O tema coloca o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em uma situação delicada, já que a anistia pode gerar novo conflito entre o Legislativo e o STF. Motta tem buscado diálogo com ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, relator do caso, e Gilmar Mendes, antes de definir o encaminhamento da proposta.

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