Cada vez mais brasileiros acima dos 50 anos estão buscando experiências internacionais como forma de aprendizado e realização pessoal. Segundo a Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), a contratação de intercâmbios nessa faixa etária tem crescido, em média, 20% ao ano no país. A mudança no perfil do intercambista reflete uma nova mentalidade entre os integrantes da Geração X e dos Baby Boomers, que, com a vida profissional e familiar mais estável, agora priorizam experiências culturais e desenvolvimento pessoal.

Dados do setor apontam que, em 2024, o número total de intercâmbios cresceu 15%, sendo que os maiores de 50 anos representaram um salto de 30% nesse universo, segundo levantamento da Student Travel Bureau (STB). O que antes era visto como uma experiência típica de jovens estudantes, agora se torna uma oportunidade de reinvenção para adultos que desejam aprender um novo idioma, fazer novas conexões e explorar culturas diferentes.

Para especialistas, a decisão de estudar no exterior nessa fase da vida está ligada à busca por autonomia em viagens, ao desejo de socialização em ambientes internacionais e à valorização do aprendizado contínuo. “Aprender um idioma e fazer um intercâmbio depois dos 50 anos é uma maneira de se reconectar com antigos sonhos, ampliar horizontes e viver novas conquistas. Não se trata apenas de estudar, mas de viver uma experiência completa que envolve trocas culturais, novas amizades e um olhar renovado sobre o mundo”, afirma Reginaldo Boeira, CEO da KNN Idiomas.

A procura por programas voltados ao público maduro também cresce porque muitas escolas de idiomas e agências de intercâmbio já oferecem estruturas adaptadas, com turmas pequenas, professores experientes, recursos didáticos personalizados e apoio tecnológico. Essas iniciativas facilitam o processo de aprendizagem e ajudam a garantir que a experiência no exterior seja mais confortável, segura e proveitosa.