Novo “Minha Casa, Minha Vida” esconde o empobrecimento da classe média; Lula flerta com grupo
O investimento será de R$ 30 bilhões, metade vinda do FGTS, metade de instituições financeiras


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anuncia, sobre os auspícios da “classe média entra no ‘Minha Casa, Minha Vida’”, a inclusão de uma nova faixa de renda. A partir de maio, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 500 mil, com juros mais baixos, prazos de até 35 anos e condições facilitadas. A medida demonstra que o governo tenta ‘conquistar’ a classe média, que sofre com um relativo empobrecimento puxado pela desvalorização da moeda – resultado de uma inflação crescente.
O investimento será de R$ 30 bilhões, metade vinda do FGTS, metade de instituições financeiras. Nova faixa atenderá famílias com renda de até R$ 12 mil e permitirá financiamentos de até R$ 500 mil; meta é de 120 mil imóveis já neste ano.
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A taxa de juros será de 10,5% ao ano, abaixo dos 11,49% praticados pelo Sistema de Poupança e Empréstimo (SBPE). Isso pode significar uma economia de até R$ 27 mil em um financiamento de R$ 200 mil ao longo de 30 anos. As parcelas iniciais também serão mais leves, com redução de até 6% em relação ao mercado.
Cada ponto percentual a menos nos juros pode facilitar a inclusão de 250 mil novas famílias no programa.