A cantora Billie Eilish, 23 anos, abriu o coração em uma conversa publicada na edição de maio da Vogue britânica. Em um encontro com personalidades como Nicki Minaj, Stella McCartney, Michaela Coel e Greta Gerwig, a artista refletiu sobre a relação com sua aparência, a pressão da fama e os motivos que a levaram ao veganismo.

“Nunca me senti muito bonita”, diz a artista

Durante o bate-papo, Nicki Minaj perguntou diretamente a Billie se ela se sentia confortável com sua própria beleza. A resposta foi sincera e tocante: “Nunca me senti muito bonita ou me vi dessa forma”, afirmou. “Tive que me convencer de que sou bonita. Ser mulher é difícil.”

A cantora, que se tornou conhecida por desafiar padrões estéticos desde a adolescência, revelou que aprendeu aos poucos a aceitar sua aparência. “Eu só fazia o que achava legal, sem a intenção de quebrar regras”, relembrou.

Veganismo motivado por inseguranças virou consciência ambiental

A estilista Stella McCartney conduziu a conversa sobre escolhas alimentares e ativismo. Billie contou que seu veganismo começou por razões pessoais: “Tornei-me vegana principalmente porque odiava meu corpo e pensava que perderia peso”, revelou.

Com o tempo, no entanto, a motivação estética deu lugar à consciência ambiental. “Depois, aprendi tudo sobre a indústria de laticínios e a pecuária completamente horrível e perturbadora que todos fingem ser normal”, completou.

Pressão da fama e busca por equilíbrio

Ao lado da cineasta Michaela Coel, Billie refletiu sobre os anos vividos sob os holofotes. “Eu não tinha ideia de que estava sendo destemida”, disse sobre a juventude sendo rotulada como “rebelde”. Hoje, ela reconhece que ainda trabalha a autoconfiança: “Às vezes, era difícil acreditar em mim. Ainda é um processo, mas estou me saindo bem.”

“Quero envelhecer em paz”

A entrevista terminou com uma troca sobre o futuro com a diretora Greta Gerwig. Billie, que já venceu o Oscar e múltiplos Grammys, compartilhou um desejo simples e profundo: “Se eu viver até os 85, quero estar em paz comigo mesma, aceitando a velhice e torcendo para que o mundo ainda esteja aqui.”