Ozempic, Wegovy e Mounjaro: remédios populares exigem cuidado médico
Nutrólogo explica diferenças, efeitos e contraindicações
Remédios como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, indicados para diabetes tipo 2 e obesidade, ganharam destaque por promoverem emagrecimento rápido. Celebridades como Jojo Todynho, Maya Massafera e Elon Musk revelaram o uso. Porém, apesar da fama, esses medicamentos têm diferenças importantes e exigem prescrição médica.
O nutrólogo Arthur Rocha explica que Ozempic e Wegovy possuem semaglutida, que age no receptor GLP-1 intestinal, reduzindo apetite e controlando a glicemia. “A principal diferença entre eles é a dosagem, já que o Wegovy permite doses mais altas”, pontua. O Mounjaro, com tirzepatida, tem ação mais ampla. “Ele age em dois receptores intestinais, e não apenas em um, o que geralmente o torna mais eficaz para pacientes com obesidade diagnosticada ou diabetes tipo 2”, destaca Rocha.
Entre os efeitos colaterais estão náuseas, fraqueza e alterações intestinais. “Evitar refeições volumosas, reduzir o consumo de alimentos gordurosos, manter-se hidratado e evitar excessos de cafeína e álcool são medidas que ajudam a aliviar os sintomas”, orienta.
Sobre o uso prolongado, Rocha esclarece: “O remédio continua funcionando, mas a perda de peso se torna mais lenta conforme o excesso de gordura diminui. Isso não significa que o medicamento perdeu o efeito, mas sim que o corpo responde de forma diferente ao longo do processo”. E reforça: “Esses medicamentos não são uma cura para a obesidade, mas sim um meio de controle. Quem mantém uma alimentação equilibrada e pratica atividade física tem mais chances de sustentar os resultados mesmo sem o uso contínuo”.
Ele ainda alerta que há contraindicações. “O que esses remédios fazem bem é reduzir a fome, mas não queimam calorias diretamente. Se a pessoa continuar com uma alimentação inadequada, pode recuperar o peso perdido”, alerta. “A mudança de hábitos é a chave para resultados eficazes e duradouros”, finaliza.
PI 36083