Bruno Goulart

Nos primeiros cem dias de governo, as cidades goianas de Porangatu e Posse apresentam realidades distintas, mas com um ponto em comum: a busca por transformações estruturais. Sob a liderança da prefeita Vanuza Valadares (UB), Porangatu avança com investimentos em infraestrutura urbana e rural, enquanto em Posse, o prefeito Paulo Trabalho (PL) dedica esforços para sanar uma dívida milionária herdada da gestão anterior.

Porangatu

O segundo mandato de Vanuza Valadares à frente de Porangatu, no norte goiano, tem priorizado soluções para um problema histórico na cidade: a falta de rede de drenagem pluvial. Nos primeiros meses de governo, foram construídos bueiros nos bairros Vila Operária, Nova Jerusalém e Nossa Senhora da Piedade, áreas que sofriam com alagamentos constantes.

Na zona rural, a gestão realizou patrolamento e colocação de cascalho em estradas, além de apoiar agricultores familiares com mais de 127 horas de preparo de terra para plantio. “Produzimos 2.780 toneladas de silagem para alimentar o gado no período da seca, garantindo segurança alimentar para os produtores”, destacou a prefeita.

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Um dos maiores orgulhos da administração foi a conquista de um campus do Instituto Federal de Goiás (IFG) para o município. A pedra fundamental foi lançada em fevereiro, marcando o início das obras que devem impulsionar a educação profissional na região.

Porangatu também recebeu o Prêmio Aelo de Ouro do Compromisso Nacional pela Criança Alfabetizada (CNCA/MEC), reconhecendo as políticas públicas na área educacional. Outro avanço foi a instalação de placas solares em escolas municipais, gerando economia nos cofres públicos.

Na saúde, a cidade comemora a aquisição do primeiro aparelho de ultrassom para a rede pública, além da realização de 80 cirurgias de catarata e reformas em postos de saúde e no hospital municipal. 

“Nestes primeiros 100 dias do novo ciclo, o ritmo continua firme e o trabalho não para. O futuro nos reserva ótimos avanços e seguimos determinados a melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida da nossa gente.”, afirmou Vanuza ao O HOJE.

Posse

Enquanto isso, em Posse, no nordeste do Estado, o prefeito Paulo Trabalho enfrenta um cenário desafiador. Ao assumir a prefeitura, encontrou uma dívida de R$ 40 milhões, incluindo: R$ 2,5 milhões com fornecedores; R$ 500 mil em salários atrasados de médicos; R$ 700 mil em dívidas de combustíveis; R$ 3,9 milhões em contribuições previdenciárias não repassadas

“O déficit atuarial do regime próprio de previdência chega a R$ 472 milhões, um rombo que herdamos e que exigirá anos para ser sanado”, explicou o prefeito ao O HOJE, que já quitou parte das dívidas mais urgentes.

Mesmo com as limitações financeiras, a gestão conseguiu realizar obras importantes, como a construção da nova Praça da Avenida JK, entregue em apenas sete dias; operação tapa-buracos em vias urbanas; limpeza de 70% da área urbana e a reabertura do centro cirúrgico do hospital, interditado desde 2023.

O Carnaval 2025, realizado na nova praça, marcou o retorno dos grandes eventos à cidade após anos sem comemorações. “Fizemos com economicidade, mostrando que é possível promover a cultura mesmo com recursos limitados”, disse Trabalho.

Além disso, a prefeitura recuperou o Parque Paraíso Encantado, área de lazer que estava abandonada há sete anos. Na educação, começou a distribuição de uniformes escolares e melhorias na infraestrutura das unidades. Na assistência social, implementação de programas voltados para famílias vulneráveis.