Ilze Scamparini voltou a ser assunto após a cobertura da morte do Papa, e despertou no público várias dúvidas sobre o trabalho da jornalista, um deles é como funciona o Home Office da Scamparini. A modalidade foi carinhosamente apelidada de “Rome Office”, fazendo um trocadilho com a capital que a jornalista reside.

Ela se tornou correspondente da TV Globo em Roma, Itália, após apresentar à emissora após propor que ela trabalhasse de casa com o apoio de um cinegrafista local, evitando os altos custos de manter um escritório tradicional no exterior. Scamparini argumentou que no Brasil existe uma numerosa colônia italiana em São Paulo e que ela tem bastante afinidade entre os dois países. A jornalista também foi a primeira jornalista a transmitir imagens de outro país pela internet.

Ela iniciou sua carreira na TV Globo em 1986, no Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar no programa “Globo Repórter”. Em 1998, um furo de reportagem no Rio de Janeiro, em que Ilze e o cinegrafista Lúcio Rodrigues flagraram o assassinato de dois assaltantes por um policial à paisana, ganhou destaque no “Jornal Nacional” e impulsionou sua carreira. Após esse episódio, Ilze passou a atuar mais intensamente no “Jornal Nacional”.

Ao longo de sua trajetória, Ilze cobriu eventos históricos, como o velório do líder palestino Yasser Arafat no Cairo, em 2004, e os desdobramentos do ataque terrorista em Beslan, na Rússia, no mesmo ano. Ela também acompanhou as cerimónias dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 2009. Seu trabalho como correspondente em Roma serviu de modelo para a implantação de escritórios da Globo em outras cidades, como Jerusalém, Paris, Lisboa, Berlim e Buenos Aires.