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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
SAÚDE

Conheça sinais incomuns que podem indicar diabetes

Alguns dos primeiros alertas da doença podem surgir de forma silenciosa e em partes do corpo que muita gente ignora — e isso inclui a boca

Thais Airespor Thais Aires em 24 de abril de 2025
Diabetes
No Brasil, estima-se que 17 a 20 milhões de pessoas vivam com diabetes

O diabetes é caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue e aumenta o risco de problemas cardíacos, sexuais e nos rins. A doença pode ter duas causas diferentes: nos pacientes com diabetes tipo 1, o organismo deixa de produzir insulina, o hormônio que leva a glicose para dentro das células, para que o açúcar seja usado como combustível; já em pacientes com diabetes tipo 2, o organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue empregar o hormônio produzido de forma adequada.

Nem sempre os primeiros alertas para o diabetes surgem com sintomas clássicos como sede excessiva ou vontade frequente de urinar. Algumas pistas importantes podem estar na saúde bucal. Gengivite intensa, boca seca, feridas recorrentes e até mau hálito persistente podem indicar que algo não vai bem com o controle da glicose.

Segundo especialistas, problemas bucais estão entre as complicações mais comuns da doença e merecem atenção redobrada, tanto de pacientes quanto de profissionais da saúde.

Entre as complicações mais recorrentes associadas ao diabetes, os problemas bucais ocupam a 6ª posição, segundo especialistas. Isso se deve às alterações metabólicas causadas pela doença, que dificultam o controle da glicose no organismo.

Com os níveis de açúcar no sangue elevados, é comum também o aumento da glicose presente na saliva, o que favorece o surgimento de infecções na boca.

Diabetes
Sinais bucais podem indicar diabetes

Além da periodontite, pacientes com diabetes podem apresentar uma série de sintomas orais, como sensação de queimação, feridas, alteração no paladar, redução ou modificação na produção de saliva e até mau hálito. Muitos desses sinais podem ser notados durante uma consulta odontológica de rotina.

“Quando o paciente apresenta gengivite intensa, candidíase oral recorrente, boca constantemente seca, cicatrização lenta e aftas frequentes, esses sintomas podem indicar uma possível presença de diabetes, especialmente se há fatores de risco como obesidade ou histórico familiar”, explica a dentista Dra. Giovanna Zanini, da Clínica ZR Odonto e Face.

Outro sintoma que merece atenção é o hálito cetônico — um cheiro adocicado ou frutado característico. Segundo a dentista, esse tipo de hálito pode surgir quando o corpo, sem conseguir usar adequadamente a glicose, passa a queimar gordura como fonte de energia, gerando cetonas. “Se vier acompanhado de cansaço, sede excessiva e urina frequente, pode ser um indicativo importante da doença”, afirma.

Entender como o diabetes afeta a saúde bucal é essencial para prevenir complicações, especialmente nas gengivas. Isso porque a doença pode enfraquecer o sistema imunológico, dificultando a resposta do corpo a infecções, inclusive as que acometem a boca. “Reconhecer os sinais e encaminhar o paciente para uma avaliação médica pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e no controle da doença”, conclui Zanini.

A Dra. Giovanna Zanini reforça que cuidados simples podem ter um grande impacto na saúde bucal de quem convive com o diabetes. Veja as principais recomendações:

Cuidados essenciais com a saúde bucal para pessoas com diabetes:

Mantenha o controle da glicemia: níveis equilibrados de açúcar no sangue ajudam a reduzir o risco de infecções orais.

  • Escove os dentes após as refeições: use escova de cerdas macias e creme dental com flúor para remover a placa bacteriana;
  • Use fio dental diariamente: previne a gengivite e o acúmulo de resíduos entre os dentes;
  • Hidrate-se bem: a saliva ajuda a proteger a boca; beber água combate a boca seca;
  • Evite cigarro e álcool: esses hábitos favorecem o aparecimento de doenças bucais;
  • Faça visitas regulares ao dentista: consultas frequentes ajudam na detecção precoce de alterações bucais;
  • Informe seu dentista sobre o diagnóstico de diabetes: isso permite um acompanhamento mais cuidadoso;
  • Fique atento a sinais incomuns: feridas que não cicatrizam, sangramento nas gengivas, mau hálito persistente ou alterações na saliva devem ser avaliadas.

 

 

 

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