Professor de canto é preso por oferecer “chá de sêmen” aos alunos; família reage
Aluna desconfiou da substância e acionou a polícia

A família do professor de canto Hallan Richard Morais da Cruz, de 26 anos, divulgou neste domingo (27) uma nota pública de repúdio após a prisão dele em flagrante no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, no Tocantins. Hallan é suspeito de oferecer às alunas um líquido, que seria sêmen, durante as aulas de canto. Segundo as investigações, ele teria dito que a substância melhoraria o desempenho vocal das estudantes. A Polícia Civil do Tocantins apura o caso.
Família do professor reage
No comunicado, a família de Hallan manifesta “total repúdio a toda e qualquer conduta ilícita a ele imputada”. Além disso, declara confiar no Poder Judiciário para que, comprovada a autoria e a materialidade dos fatos, ocorra a devida responsabilização. O texto foi publicado nas redes sociais e circulou amplamente entre moradores da região.
De acordo com a Polícia Civil, uma das alunas desconfiou da procedência do líquido oferecido pelo professor e acionou as autoridades. Hallan foi autuado pela prática de violação sexual mediante fraude. O material coletado foi encaminhado para perícia, a fim de confirmar a natureza da substância.
Após ser detido, Hallan passou por audiência de custódia no próprio domingo. A Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. Sendo assim, o professor permanece preso enquanto a investigação segue em andamento na 72ª Delegacia de Polícia de Luzimangues. As autoridades continuam ouvindo vítimas e testemunhas para esclarecer os fatos.

A nota da família também expressa solidariedade às possíveis vítimas e seus familiares. Ainda segundo o comunicado, os parentes de Hallan afirmam que atravessam “um momento de grande sofrimento” em razão da gravidade e da repercussão do caso. Apesar disso, ressaltam que esperam a apuração completa dos fatos e a punição dos responsáveis, caso as acusações se confirmem.
O caso, que ganhou grande repercussão no Tocantins e em outros estados, continua sob investigação. A Polícia Civil ainda não informou se outras vítimas procuraram a delegacia após a prisão do professor. A expectativa é que o inquérito seja concluído nas próximas semanas, com base nos laudos periciais e nas provas testemunhais colhidas.