O que era para ser só mais um dia de magia na Disney virou caso de polícia. Michael Scheuer, ex-funcionário do complexo em Orlando, foi condenado a três anos de prisão após hackear o sistema de criação de cardápios dos restaurantes e hotéis da companhia. Entre as alterações bizarras, estavam palavrões nos pratos e mudanças em informações sobre alérgenos.

Scheuer, de 40 anos, aproveitou o acesso interno para invadir os servidores após ser suspenso de suas funções, segundo investigação do FBI. Embora as mudanças não tenham chegado a ser impressas ou exibidas ao público, o dano foi suficiente: além da pena de prisão, ele terá que pagar mais de 690 mil dólares em indenizações.

De acordo com seu advogado, o ataque seria uma forma desesperada de chamar a atenção da Disney, após desentendimentos internos. Segundo a defesa, Scheuer sabia que o rígido processo de revisão da empresa identificaria rapidamente as alterações.

O ex-funcionário foi além dos cardápios: ele também bloqueou o acesso de 14 funcionários a suas contas corporativas usando ataques de negação de serviço (DDoS), escalando o nível da represália digital. As autoridades destacaram que as ações foram planejadas para serem discretas e evitarem detecção imediata.

Apesar do arrependimento manifestado por Scheuer e do agradecimento pela pena reduzida, o caso acende um alerta: até nos bastidores do “lugar mais mágico do mundo” existem histórias que nem a fantasia da Disney é capaz de esconder.