A capital goiana recebe, de 14 a 18 de maio, a 7ª edição da Feira de Arte Goiás (FARGO), evento que consolida o estado como polo emergente das artes visuais no Brasil. Realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, a feira reúne 42 expositores de diferentes regiões do país e do exterior, incluindo galerias de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Holanda. Com peças que variam de R$ 500 a mais de R$ 500 mil, a expectativa é movimentar 20% a mais em negócios do que na edição anterior.

A edição deste ano presta homenagem ao centenário de nascimento do artista plástico Antônio Poteiro, referência na arte popular brasileira, e também à artista goiana Sáida Cunha, destacada por sua atuação na formação e difusão da arte local. A programação conta com palestras, rodas de conversa, lançamentos de livros e oficinas, ampliando o papel da feira como espaço de formação e pensamento crítico.

Desde sua estreia, em 2017, a FARGO se apresenta como uma vitrine para o mercado regional de arte e uma plataforma de intercâmbio entre artistas, colecionadores, curadores e o público geral. Segundo Wanessa Cruz, curadora do evento e diretora da Arte Plena Produção em Cultura, a iniciativa nasceu de forma experimental e hoje se consolida no calendário cultural do país. “A feira quebra muros e atrai pessoas que não conhecíamos, mas que agora vêm prestigiar artistas e galerias de Goiás”, afirma.

Com entrada gratuita, a feira aposta também na democratização do acesso à arte, atraindo tanto colecionadores experientes quanto visitantes interessados em conhecer o mercado. “A FARGO tem derrubado estigmas sobre o preço e a compreensão da arte. Muitos começaram suas coleções aqui, e isso nos mostra que estamos no caminho certo”, afirma Sandro Tôrres, coordenador da feira.

Além das exposições, o evento também valoriza o setor editorial independente, promovendo lançamentos de publicações e encontros entre autores, editores e leitores. A programação completa inclui mais de 20 atividades distribuídas ao longo dos cinco dias de evento.