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sexta-feira, 13 de junho de 2025
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Como Comprar um Apartamento? E o que fazer logo depois?

Adquirir um apartamento é um dos maiores passos financeiros que muitas pessoas dão na vida. 

Redaçãopor Redação em 15 de maio de 2025

Por Bruna Bozano

Adquirir um apartamento é um dos maiores passos financeiros que muitas pessoas dão na vida. 

Seja para morar ou investir, entender as formas de compra disponíveis é fundamental para tomar uma decisão consciente e adequada ao seu perfil. Seja através de empréstimos financiamentos, leilões ou poupando dinheiro por algum tempo, realizar o sonho da casa própria pode se tornar mais fácil com um pouco de conhecimento.

Conheça as principais maneiras de realizar esse objetivo.

1. Compra à vista

A forma mais simples — e, quase sempre, financeiramente vantajosa — é comprar o imóvel à vista. Nesse caso, o comprador paga o valor total do apartamento de uma só vez, sem necessidade de financiamento. Essa opção elimina o pagamento de juros e ainda permite maior poder de negociação com o vendedor ou construtora. No entanto, exige uma reserva financeira robusta, o que limita o acesso para a maioria dos compradores.

Existem apartamentos dentro de inúmeras faixas de valores, mas alguns são considerados verdadeiras obras de arte e podem custar mais de 1 milhão de reais.

Mesmo quem dispõe de um valor desses em conta, muitas vezes opta por financiar o imóvel e utilizar o dinheiro em outras aplicações.

2. Financiamento bancário

O financiamento é o caminho mais utilizado pelos brasileiros. Nessa modalidade, um banco ou instituição financeira paga o imóvel ao vendedor, e o comprador assume a dívida com parcelas mensais. 

É possível financiar até 80% do valor do imóvel, com prazos que podem chegar a 35 anos. A Caixa Econômica Federal é uma das principais instituições nesse segmento, especialmente com programas como o Minha Casa Minha Vida. O financiamento exige entrada, análise de crédito e comprovação de renda. Quem tem a possibilidade de realizar a penhora de joias ou outro imóvel, consegue benefícios em taxas e mais possibilidades de aprovação. Pode ser interessante verificar as condições junto ao banco.

3. Consórcio imobiliário

O consórcio é uma opção sem juros para quem não tem pressa. O comprador entra em um grupo e paga parcelas mensais até ser contemplado com uma carta de crédito — por sorteio ou lance. A principal vantagem é a ausência de juros, mas o tempo de espera pode ser longo, o que faz dessa alternativa uma boa escolha para quem está planejando o futuro, e não precisa do imóvel imediatamente.

4. Compra na planta

Adquirir um apartamento na planta costuma ser mais barato do que comprar um pronto. O comprador negocia diretamente com a construtora e paga a entrada e parcelas durante o período da obra. Após a entrega das chaves, geralmente é feito um financiamento para quitar o valor restante. Apesar do preço atrativo, é importante avaliar a reputação da construtora para evitar atrasos ou problemas na entrega.

5. Permuta ou troca

A permuta é menos comum, mas pode ser uma saída interessante. Nela, o comprador oferece outro imóvel ou bem (como um carro) como parte do pagamento. É comum em negociações diretas ou com construtoras que aceitam bens como entrada. Essa alternativa exige avaliação justa dos bens envolvidos e documentação adequada.

6. Compra por leilão

Por fim, o leilão de imóveis pode oferecer preços bastante abaixo do mercado. Esses leilões geralmente envolvem imóveis retomados por bancos ou por questões judiciais. Apesar do atrativo do preço, é essencial investigar a situação legal e estrutural do imóvel, pois há riscos como dívidas pendentes ou ocupações irregulares. Comprar uma passagem aérea e fazer uma visita ao imóvel pode sair mais barato do que resolver possíveis problemas diagnosticados após o arremate.

Qual a melhor forma? 

A melhor forma de comprar um apartamento vai depender do seu perfil financeiro, prazo desejado, objetivos e tolerância a riscos. Quem tem dinheiro guardado pode preferir a compra à vista ou na planta. Quem precisa parcelar, pode escolher entre financiamento e consórcio. Já quem busca oportunidades diferentes, pode considerar permutas ou leilões.

Planejamento, informação e paciência são os maiores aliados na hora de realizar esse sonho.

E agora? O que fazer depois da compra

Após concluir a compra do apartamento — seja à vista, financiado ou via consórcio — o processo ainda não termina. Existem etapas essenciais que garantem que a posse do imóvel seja segura, legalizada e funcional. Veja o que você precisa fazer depois de fechar negócio:

1. Registre o imóvel em seu nome

O primeiro passo é oficializar a compra. Isso se faz com o registro do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis da região onde ele está localizado. Sem esse registro, o apartamento ainda não está legalmente no seu nome, mesmo que você tenha o contrato de compra e venda ou a escritura. Além disso, será necessário pagar o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), geralmente entre 2% e 3% do valor do imóvel. Alguns cartórios do Brasil aceitam pagamentos no cartão de crédito através da Moderninha ou outra maquininha de pagamento, então é possível conseguir realizar o pagamento de forma menos onerosa, dependendo da região em que o imóvel será registrado.

2. Transfira as contas básicas

Com o imóvel em seu nome, é hora de regularizar as contas essenciais: luz, água, gás, internet e condomínio. Entre em contato com as concessionárias para fazer a mudança de titularidade e garantir que todos os serviços estejam ativos quando você for se mudar. Essa etapa também evita surpresas com possíveis débitos anteriores.

3. Faça uma vistoria completa

Antes de se instalar, faça uma inspeção geral no apartamento. Verifique o estado da parte elétrica, hidráulica, portas, janelas e revestimentos. Se for um imóvel novo, a construtora geralmente oferece garantia e deve corrigir qualquer problema detectado. Se for usado, vale considerar chamar um profissional para avaliar se há necessidade de manutenção ou pequenas reformas.

4. Contrate um seguro residencial

Ter um seguro não é obrigatório (exceto em alguns financiamentos), mas é altamente recomendado. Ele protege o seu imóvel contra imprevistos como incêndios, danos elétricos, roubos e outros sinistros. O custo costuma ser acessível e pode evitar prejuízos maiores no futuro.

5. Planeje a decoração e eventuais reformas

Se pretende fazer mudanças no imóvel, esse é o momento ideal — especialmente se ainda não se mudou. Pintura, troca de pisos, instalação de móveis planejados ou até alterações mais estruturais são mais fáceis de realizar com o imóvel vazio. Planeje com calma e, se necessário, conte com a ajuda de um arquiteto ou designer de interiores.

6. Atualize seu endereço em cadastros

Depois da mudança, lembre-se de atualizar seu novo endereço nos principais documentos e serviços: Sky Fibra, telefone, bancos, planos de saúde, cartões de crédito, delivery, correspondências oficiais e qualquer outro cadastro importante.

7. Conheça o condomínio e suas regras

Se o apartamento for em condomínio, é fundamental conhecer as regras do local. Leia o regulamento interno, converse com o síndico e se informe sobre horários de mudança, uso de áreas comuns, regras para pets e obras no apartamento. Integrar-se bem à vida condominial contribui para uma convivência mais tranquila.

8. Organize a mudança

Por fim, agende a mudança com antecedência. Em condomínios, o uso do elevador costuma precisar de reserva. Escolha uma empresa confiável para o transporte, embale seus pertences com cuidado e aproveite para fazer uma triagem no que realmente deseja levar.

Comprar um apartamento é um marco importante — mas o processo não termina na assinatura do contrato. Registrar o imóvel, organizar a mudança e cuidar dos detalhes práticos garantem que você comece essa nova fase com tranquilidade e segurança. Com planejamento, a experiência de entrar no novo lar será muito mais leve e gratificante.

PI 34906

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