Autor da Globo morreu tragicamente por erro de taxista; relembre o caso
Investigação apontou imprudência e desrespeito ao Código de Trânsito
O dramaturgo Dias Gomes, autor da Globo, morreu aos 76 anos em um acidente de trânsito ocorrido em São Paulo (SP), no dia 18 de maio de 1999. O caso foi registrado na avenida Nove de Julho, no centro da capital paulista, quando o autor retornava de um jantar com sua esposa, a atriz Bernadeth Lyzio.
Na ocasião, o casal havia assistido a uma peça de teatro. Em seguida, eles pegaram um táxi rumo ao flat onde estavam hospedados. Durante o trajeto, o motorista do veículo realizou uma conversão proibida. O carro foi atingido lateralmente por um ônibus. O impacto arremessou Dias Gomes para fora do automóvel. Ele não usava cinto de segurança e bateu a cabeça em uma mureta que separa as pistas. Morreu no local.

Segundo a polícia, o motorista tinha apenas dois meses de experiência na função. Durante o inquérito, ele afirmou que atendeu a um pedido do passageiro, que queria retornar ao local onde estavam hospedados. Ainda assim, a delegada responsável pela investigação concluiu que o condutor agiu de maneira imprudente, infringindo normas do Código de Trânsito Brasileiro.
A esposa de Dias Gomes sofreu escoriações no rosto e suspeita de lesão na coluna, mas se recuperou após atendimento médico. O motorista do táxi foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Grandes sucessos na Globo
Dias Gomes teve uma carreira consolidada na dramaturgia brasileira. Foi autor de diversas novelas de sucesso exibidas pela TV Globo, como Roque Santeiro, O Bem-Amado e Vereda Tropical. Também escreveu peças teatrais e contribuiu para a renovação do conteúdo televisivo com obras de cunho político e social. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios e homenagens.
O acidente foi amplamente noticiado na época. O enterro do dramaturgo contou com a presença de artistas, familiares e admiradores de seu trabalho. A tragédia também trouxe à tona discussões sobre o uso do cinto de segurança no banco traseiro e o respeito às leis de trânsito por motoristas de transporte público e particular.