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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Entenda

Mais de 80% das mulheres aparecidenses deram à luz em hospitais fora do município

As gestantes buscaram atendimento em outras cidades por falta de estrutura hospitalar adequada

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 19 de maio de 2025
Mulheres
Foto: Governo de Goiás

Apesar de ser a segunda maior cidade de Goiás e ultrapassar meio milhão de habitantes, Aparecida de Goiânia liderou o ranking nacional de partos realizados fora do município de residência em 2023. Segundo o Relatório do Registro Civil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80,8% das mulheres aparecidenses que deram à luz o fizeram em hospitais de outras cidades.

Esse é o maior percentual entre os municípios brasileiros com mais de 500 mil moradores. Em seguida, aparecem Belford Roxo (RJ), com 79,5%, Jaboatão dos Guararapes (PE), com 74,6%, e Ananindeua (PA), com 58%.

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera municípios que integram regiões metropolitanas de capitais, como é o caso de Aparecida, vizinha da capital goiana. A busca por melhores condições de atendimento nas grandes cidades é apontada como principal fator que leva as mulheres a deixarem seus municípios de origem na hora do parto.

Enquanto nas capitais e no Distrito Federal a média de nascimentos fora do local de residência da mãe é de 33,9%, em Aparecida essa taxa ultrapassa o dobro, o que evidencia um histórico problema de estrutura hospitalar voltada para o atendimento materno-infantil.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até fevereiro de 2024 a cidade dispunha de apenas uma maternidade pública, considerada obsoleta e insuficiente para a demanda. Esse cenário começou a mudar com a inauguração da nova Maternidade Municipal Maria da Cruz Gomes Santana, que passou a funcionar 24 horas por dia, com atendimento emergencial, ambulatorial e 30 leitos, incluindo UTI neonatal.

Atualmente, a nova maternidade opera com 50 leitos e já representa um avanço significativo na capacidade de acolhimento. A unidade é mantida integralmente com recursos municipais. Para os próximos meses, a prefeitura, com apoio do governo federal, planeja expandir a capacidade para 60 leitos.

Uma audiência com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, já foi realizada para tratar do aumento na estrutura e garantir que, até o fim do ano, todas as gestantes aparecidenses possam ser atendidas no próprio município — evitando deslocamentos desnecessários e, muitas vezes, arriscados.

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