Essas são as cidades mais felizes do mundo em 2025
Índice avaliou 82 indicadores de felicidade e produziu uma lista com “Cidades Ouro”, onde as pessoas são mais felizes

O lugar onde a gente mora pode dizer muito sobre como nos sentimos no dia a dia. E não é só uma questão de clima ou paisagem bonita — políticas públicas, mobilidade, cultura e até regras de convivência também entram nessa equação. Foi pensando nisso que o Institute for the Quality of Life (Instituto para a Qualidade de Vida) lançou o Índice Cidade Feliz 2025, que analisou 82 indicadores diferentes em seis grandes áreas: cidadãos, governança, meio ambiente, economia, saúde e mobilidade.
Ao contrário do que muitos esperariam, o estudo não apontou uma “campeã mundial” da felicidade urbana. Em vez disso, destacou 31 cidades que se sobressaíram em todas as categorias e as nomeou como as “Cidades de Ouro”. Em matéria publicada pela BBC, moradores das cinco cidades mais bem avaliadas compartilharam relatos que ajudam a entender, na prática, o que torna esses lugares referência em qualidade de vida.
Confira abaixo o ranking com as Cidades Mais Felizes do Mundo em 2025:
5º Lugar – Antuérpia, Bélgica
Superando a capital Bruxelas no ranking, Antuérpia teve destaque nas categorias Cidadãos, Governança e Meio Ambiente. Com transporte eficiente, segurança e incentivo à bicicleta, a cidade também chama atenção por suas políticas sociais e vida cultural.
“Você sente a eficiência no dia a dia”, contou Grace Carter. “Desde os parques à beira do rio aos museus, é um lugar onde as pessoas conseguem genuinamente curtir a vida, e não apenas trabalhar.”
Para quem visita, ela recomenda o mercado de sábado na Theaterplein. “Pegue um café, ouça a conversa dos moradores e absorva aquela vibração tranquila que faz Antuérpia parecer um lar.”
4º Lugar – Aarhus, Dinamarca
Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, se destacou pelas categorias Cidadãos, Meio Ambiente e Saúde. É descrita por moradores como uma cidade que integra o bem-estar à vida cotidiana de maneira planejada.
“A alegria está integrada no nosso dia a dia, não por meio da extravagância, mas por um design intencional”, disse Carla Niña Pornelos. Ela menciona ciclovias integradas, espaços verdes e eventos gratuitos como fatores que promovem um senso de comunidade.
No verão, parques, canais e piscinas públicas ficam lotados. “Fica uma atmosfera muito calorosa e descontraída”, contou Mathias Steen. Para uma experiência única, Pornelos recomenda ver o nascer do sol na ponte Infinite, um píer circular que avança pelo mar.
3º Lugar – Singapura
Frequentemente apontada como uma das cidades mais desenvolvidas da Ásia, Singapura obteve nota alta especialmente na nova categoria de Saúde. Segurança pública, campanhas de vacinação e proteção financeira para cuidados médicos estão entre os destaques.
Apesar do alto custo de vida, moradores afirmam que programas de habitação pública e valorização imobiliária ajudam a manter o equilíbrio. “Um bom programa de habitação pública, junto com a valorização dos imóveis, ajudou os moradores a conquistar não apenas uma casa, mas também um ativo financeiro”, afirmou Hwee-Boon Yar.
Samuel Huang, morador e empresário local, ressalta o impacto das políticas voltadas para espaços verdes e inclusão multicultural. “Você pode sair de uma reunião com um cliente no centro da cidade e, na mesma noite, comer um satay à beira-mar.”
Entre os locais recomendados por Huang está o bairro de Tiong Bahru, onde, segundo ele, “história, comida e design se encontram com a vida local da forma mais charmosa possível”.
2º Lugar – Zurique, Suíça
A cidade suíça se destacou especialmente nas categorias de Cidadãos e Governança. A organização do espaço urbano, o transporte público confiável e a limpeza foram citados como elementos fundamentais por moradores de Zurique.
“Como mãe de duas crianças, Zurique é o lugar perfeito para criar uma família”, disse Raquel Matos Gonçalves. Ela destacou a segurança para as crianças, a pontualidade dos trens e ônibus e a previsibilidade do cotidiano como fatores que tornam a vida mais leve.
Amelie Guiot, outra residente, explicou que regras bem definidas ajudam a manter a ordem. “O lema não oficial é: ‘Se não disser que pode, assuma que não pode’.” A cidade conta com mais de mil fontes públicas que fornecem água potável gratuita e mais de 50 museus para todos os gostos.
Guiot recomenda uma visita ao Kunsthaus Zürich, maior museu de arte da Suíça, e um mergulho no lago em dias quentes. “Minha favorita é a Frauenbad Stadthausquai, que é exclusiva para mulheres”, disse.
1º Lugar – Copenhague, Dinamarca
Copenhague conquistou a nota mais alta do índice e aparece como exemplo de cidade onde meio ambiente, economia e bem-estar caminham lado a lado. Com uma população que se desloca majoritariamente de bicicleta, ruas limpas e um sistema de metrô pontual, a cidade também investe pesado em cultura acessível.
“A cidade está sempre organizando eventos gratuitos, seja o Festival de Luzes de Copenhague, a Biblioteca Humana, o Copenhague Cooking ou as festas de rua. Eu valorizo muito o esforço da cidade para criar experiências para os moradores”, relatou Mari-Anne Daura.
Aaron Wertheimer, outro residente, também destacou a estrutura para ciclistas. “Cerca de um terço ou mais da população anda de bicicleta, e a cidade tem sua faixa exclusiva para bicicletas que muitas pessoas usam para ir e voltar do trabalho.”
Aos visitantes, as recomendações incluem alugar uma bike e explorar a cidade a partir da ponte Hans Christian Andersen ou passear de transporte aquático até o Reffen, o maior mercado de comida de rua da Europa. “Para mim, nada representa mais Copenhague do que o Reffen”, completa Daura.
*Fonte: BBC News – Matéria original com entrevistas de moradores das cidades destacadas no Índice Cidade Feliz 2025.
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