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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ciclo

Estudo revela como a irregularidade menstrual pode agravar doenças de pele

Acne, rosácea e melasma são 5% mais comuns em mulheres com ciclos irregulares

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 22 de maio de 2025
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Estudo revela como a irregularidade menstrual pode agravar doenças de pele. | Foto: Reprodução/Istock

Entre adolescentes, é comum que a menstruação leve de um a dois anos para alcançar regularidade, apresentando intervalos fixos, sem que isso configure necessariamente um distúrbio. Da mesma forma, por volta dos 40 a 50 anos, a aproximação da menopausa faz com que os ciclos voltem a se tornar irregulares, reflexo do declínio progressivo da função ovariana.

Uma pesquisa que envolveu 17.009 mulheres de 20 países, publicada no British Journal of Dermatology, indicou que a irregularidade menstrual pode impactar sintomas relacionados a quatro doenças dermatológicas: acne, rosácea, dermatite seborreica e melasma. Observou-se um aumento de aproximadamente 5% na prevalência dessas enfermidades entre mulheres com ciclos irregulares. Além disso, sintomas cutâneos como manchas vermelhas, pele fina e descamação também foram relatados com maior frequência por esse grupo.

O mesmo estudo revelou que a sensibilidade cutânea foi mais recorrente entre participantes com menstruações irregulares, atingindo 57,6%, em contraste com os 47,6% observados em mulheres com ciclos regulares. Esses dados fornecem subsídios relevantes para que dermatologistas identifiquem tais correlações e adequem seus tratamentos.

Ainda que novas investigações sejam necessárias para compreender, de maneira mais aprofundada, como os hormônios influenciam os sintomas, a frequência e os episódios dessas doenças, a pesquisa sugere que intervenções hormonais e tópicas podem resultar em tratamentos mais personalizados e eficazes. Entre as abordagens terapêuticas indicadas estão a terapia de reposição hormonal, o uso de antiandrogênios, tratamentos tópicos hormonais e cosmecêuticos direcionados. Ressalta-se que todas as quatro condições requerem diagnóstico e acompanhamento profissional especializado.

A acne, por exemplo, caracteriza-se por espinhas e cravos decorrentes da inflamação das glândulas sebáceas e folículos pilossebáceos, com lesões que, embora mais comuns no rosto, podem acometer costas, ombros e peito. Hormônios como andrógenos e estrogênios, sintetizados pelos ovários, testículos e glândulas suprarrenais, desempenham papel central nesse quadro. Por isso, é essencial a orientação dermatológica, que pode incluir medicamentos orais, tópicos e procedimentos complementares realizados em consultório.

A rosácea, por sua vez, afeta predominantemente o rosto de indivíduos com pele clara, provocando vermelhidão persistente, vasos dilatados, saliências e manchas de pus semelhantes à acne. Em alguns casos, há também irritação ocular e nas pálpebras.

Já a dermatite seborreica é uma variante comum de eczema, afetando principalmente o couro cabeludo, onde é popularmente conhecida como caspa, mas podendo acometer outras regiões corporais, demandando tanto o uso de shampoos específicos quanto intervenções clínicas.

O melasma configura outra condição frequente, caracterizada por manchas marrons ou acinzentadas que surgem, sobretudo, no rosto. Diversos fatores podem desencadear ou agravar essa pigmentação, como gravidez e uso de hormônios, incluindo anticoncepcionais e terapias de reposição. Embora não exista cura, há múltiplas estratégias para atenuar a aparência das manchas, como o emprego de lasers, dermocosméticos e suplementos.

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