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domingo, 7 de dezembro de 2025
Crime bárbaro

Justiça condena ex-sogra e atual nora que sequestraram e deixaram jovem agonizar até a morte

Corpo foi encontrado dois meses após o desaparecimento

Otavio Augustopor Otavio Augusto em 25 de maio de 2025
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Vítima em Santa Catarina. Foto: Divulgação

A Justiça de Santa Catarina condenou duas mulheres, ex-sogra e atual nora, pelo assassinato de Jéssica Elias da Rosa. O crime ocorreu em janeiro de 2023 no município de Braço do Norte. As rés são a ex-sogra da vítima e a atual companheira do ex-marido de Jéssica. Ambas já estavam presas preventivamente e tiveram as penas fixadas em regime inicial fechado.

Crime com ex-sogra e nora

A ex-sogra recebeu pena de 29 anos, cinco meses e dez dias de reclusão. Já a atual nora foi condenada a 25 anos e oito meses. As duas responderam por sequestro e cárcere privado qualificado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver por duas vezes. A sentença foi proferida após sessão do Tribunal do Júri realizada na última quinta-feira (22/5), em Braço do Norte.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime foi premeditado. As autoras utilizaram o perfil de rede social do companheiro da ex-sogra para entrar em contato com Jéssica. Alegaram ter uma carta enviada pelo ex-companheiro da vítima, que está preso. O objetivo era atraí-la até um ponto de encontro previamente escolhido.

Na madrugada de 21 de janeiro de 2023, Jéssica saiu de casa para buscar a suposta correspondência. Ao perceber que se tratava de uma emboscada, tentou fugir. No entanto, foi perseguida pelas rés. Elas jogaram o carro contra a bicicleta da vítima e a forçaram a entrar no veículo. A partir daí, teve início o sequestro.

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Ex-sogra recebeu pena de 29 anos. Foto: Divulgação

Nos dias seguintes, a vítima foi mantida amordaçada e amarrada na casa da ex-sogra. Também foi transportada em porta-malas e levada para diferentes municípios. Durante esse período, sofreu agressões físicas frequentes. Após mais uma sequência de agressões, no dia 23 de janeiro, Jéssica entrou em estado agonizante e foi asfixiada pelo companheiro da ex-sogra. O corpo foi enterrado em um sítio na zona rural de Braço do Norte.

Sete dias após o crime, os envolvidos decidiram mudar o local do enterro. Temendo que o corpo fosse descoberto, desenterraram a vítima e a ocultaram em outra área de mata fechada. O cadáver só foi localizado em 23 de março, após o companheiro da ex-sogra colaborar com as investigações. Ele levou os policiais até o local da segunda cova e relatou todos os detalhes à polícia.

Esse mesmo homem já havia sido condenado a 21 anos, oito meses e 15 dias de prisão. Outro filho da ex-sogra, irmão do ex-companheiro de Jéssica, foi condenado por ocultação de cadáver e coação no curso do processo. A pena dele foi de dois anos, seis meses e dez dias de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto.

Durante o julgamento das duas mulheres, o Ministério Público apresentou todos os elementos que comprovaram o envolvimento das rés. A promotora Daianny Cristine Silva Azevedo Pereira classificou as duas como as mentoras do crime. A promotora Mariana Mocelin destacou que foram mais de 19 horas de julgamento, com a exposição detalhada de cada fase do crime, desde o sequestro até o encontro do corpo.

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