Simone Mendes recusou uma proposta publicitária milionária de uma plataforma de apostas e jogos de azar. A cantora, que poderia faturar R$ 64 milhões em dois anos apenas cedendo sua imagem, optou por não fechar o acordo — decisão que foi elogiada publicamente por seu marido e empresário, Kaká Diniz.

Segundo Kaká, o contrato previa apenas o uso da imagem de Simone, sem a necessidade de divulgação em redes sociais ou qualquer tipo de promoção direta ao público. Ainda assim, o casal recusou a oferta por não concordar com os princípios que sustentam esse tipo de publicidade: “Simone é autêntica. Não fechamos acordo com quem não condiz com a realidade do que ela é. Rejeitamos R$ 64 milhões em contratos de bets. Por quê? Eu não faço bet, Simone não faz bet e nós somos totalmente contra essa história”, declarou o empresário.

A proposta envolvia ações pontuais, como o uso de peças de vestuário com a marca, bonés ou camisetas, por exemplo. Ainda assim, Kaká questionou a origem do dinheiro envolvido e o impacto social da indústria de apostas: “Era um contrato fixo pra usar a imagem dela. Ela não ia divulgar absolutamente nada na rede social. Era só para uso de imagem e ela ter que usar um boné ou blusa, de vez em quando, da marca. Nada mal para quem ganha, mas de onde está vindo o dinheiro? De pessoas que estão perdendo dinheiro. Acredito que é um dinheiro amaldiçoado. Não tenho como ficar feliz em botar o dinheiro no bolso enquanto outras pessoas estão se ferrando no vício cada vez mais desenfreado”, afirmou.

A recusa da cantora acontece em meio a investigações sobre irregularidades envolvendo casas de apostas. A CPI das Bets, instaurada no Congresso Nacional, tem apurado contratos e vínculos entre influenciadores e plataformas, convocando nomes como Virginia Fonseca, Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Rico Melquiades e Jojo Todynho para prestar esclarecimentos.

Com o avanço das investigações e a exposição de práticas pouco transparentes no setor, outras celebridades passaram a adotar uma postura mais cautelosa em relação às campanhas publicitárias com empresas de apostas. A decisão de Simone, nesse contexto, vem sendo vista por muitos como um posicionamento de integridade pessoal e responsabilidade social.