Mônica Vidal, a ‘Marleninha Mattos’ do Pânico na TV, morre aos 59 anos
Humorista que marcou época na televisão brasileira faleceu aos 59 anos em Vinhedo, interior de São Paulo
Mônica Vital, atriz e humorista que ficou nacionalmente conhecida por interpretar a personagem “Marleninha Mattos” no programa “Pânico na TV”, faleceu no último domingo (25), aos 59 anos. A informação foi confirmada por sua prima, Vera Lúcia Barbosa, por meio de uma publicação nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada oficialmente.
O velório e o sepultamento ocorreram na tarde de terça-feira, 27 de maio, no Cemitério Municipal de Vinhedo, cidade do interior paulista onde a humorista morava. Segundo Vera, a notícia pegou familiares e amigos de surpresa. “Ela estava bem, ninguém esperava. É muito triste, porque a Mônica fez muita gente rir”, afirmou.
Mônica Vital sofreu um mal súbito em casa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ela não resistiu. A prima também fez um apelo emocionado nas redes sociais: “Espero que esse post alcance a produção do programa Pânico e elenco, a fim de que lhe rendam as merecidas homenagens”.
Marleninha Mattos: a personagem icônica na TV
Mônica conquistou o público ao dar vida à personagem “Marleninha Mattos”, uma versão caricata da diretora de televisão Marlene Mattos. Sua estreia no programa aconteceu em 2004, em um quadro que ficou marcado na história da televisão. Na ocasião, ela, ao lado de Rodrigo Scarpa, o Vesgo, e Wellington Muniz, o Ceará, invadiu os estúdios da Band, se passando por integrantes da equipe de Marlene Mattos.
O episódio rendeu picos de audiência. “A gente entrou dizendo que era a equipe da Marlene Mattos. A Band acreditou e abriu a porta”, relembrou Scarpa nas redes sociais, destacando que a ação alcançou 9 pontos no Ibope e superou a audiência da Record no horário.
Em 2005, Mônica ganhou ainda mais espaço no “Pânico na TV” com o quadro “Lingeries em Perigo”, contracenando com Sabrina Sato. A sátira mostrava a personagem de Mônica enfrentando mortes absurdas e cômicas em diversas situações. Apesar do tom humorístico, o quadro gerou polêmica e acabou provocando uma intervenção judicial, obrigando a RedeTV! a alterar o horário de exibição do programa.
Além da televisão, Mônica também atuou como radialista em programas regionais, mantendo sua veia humorística nas ondas do rádio. Ela também era baterista e dedicava parte de sua vida a cuidar da mãe, diagnosticada com Alzheimer. Após o encerramento do programa “Pânico” em 2017, Mônica optou por se afastar da mídia e passou a viver com discrição.

Repercussão e homenagens de colegas e fãs
A notícia da morte de Mônica Vital mobilizou ex-colegas de trabalho e admiradores. O humorista Márvio Lúcio, o Carioca, lamentou a perda: “Que pena… Meus sentimentos…”, escreveu nos comentários da homenagem feita por Rodrigo Scarpa.
Nas redes sociais, fãs relembraram momentos marcantes da artista no “Pânico”. “O mais legal é lembrar de tudo isso. Assisti muito ao Pânico, que época boa”, escreveu um internauta. Outro recordou, em tom bem-humorado: “Obrigado por me traumatizarem a infância botando ela para morrer todo domingo. Eu com seis anos morria de medo!”.
Mesmo afastada da televisão há anos, Mônica continuava viva na memória do público, especialmente por sua atuação como “Marleninha Mattos”, considerada um dos personagens mais icônicos da história do humor brasileiro.
Rodrigo Scarpa, o Vesgo, também fez questão de prestar sua homenagem pública, lembrando da importância da colega no sucesso do programa. “A presepada deu picos de 9 pontos na noite de domingo, deixando a RedeTV! na frente do Domingo Espetacular, da Record”, escreveu.
Nascida em São Paulo, em 18 de janeiro de 1966, Mônica deixou um legado importante para a comédia televisiva brasileira. Sua trajetória artística foi marcada por irreverência, talento e versatilidade, tanto na televisão quanto no rádio.
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