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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Síndrome Respiratória

Goiás tem quase 5 mil casos e 268 mortes por síndromes respiratórias agudas graves

Aumento de 26% nos casos em relação ao ano passado preocupa autoridades de saúde

Anna Salgadopor Anna Salgado em 2 de junho de 2025
Aumento de 26% nos casos em relação ao ano passado preocupa autoridades de saúde
Foto: SMS

Os casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs) continuam crescendo em Goiás e acendem um sinal de alerta para as autoridades sanitárias. Dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Boletim InfoGripe, apontam que o Estado já acumula 4.992 casos e 268 mortes pela doença em 2025. O número representa um aumento de 26% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A situação acompanha uma tendência observada em outras partes do país, mas em Goiás os dados chamam atenção pela velocidade do crescimento e pelos impactos no sistema de saúde. Apenas nas últimas semanas, foram mais de mil novos registros, segundo os dados monitorados pela Fundação.

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Entre os principais causadores da SRAG estão os vírus da gripe (Influenza), Covid-19 e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que têm afetado principalmente dois grupos: idosos e crianças pequenas, especialmente aquelas com menos de cinco anos de idade. A gripe, especificamente, tem sido a maior responsável pelas mortes associadas à síndrome, sobretudo entre a população idosa.

O cenário é agravado pelas características climáticas do Estado, que enfrenta a combinação de tempo seco e quedas na temperatura, comuns durante os meses de outono e inverno no Centro-Oeste. Esse fator, aliado à baixa umidade do ar, facilita a circulação de vírus respiratórios e potencializa o agravamento de quadros clínicos, sobretudo em pessoas com doenças pulmonares preexistentes, como asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Imunização não chega nem a 60%

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), a cobertura vacinal contra a gripe segue abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 90% para os grupos prioritários. Até o momento, a taxa de vacinação em Goiás não chega nem a 60% do público-alvo, o que amplia o risco de disseminação do vírus Influenza e aumenta a pressão sobre a rede hospitalar.

O boletim da Fiocruz também destaca que, além do vírus da gripe, o coronavírus permanece como agente ativo na geração de casos graves, embora em menor escala se comparado aos anos anteriores. O avanço do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) também é motivo de preocupação, principalmente pelas internações pediátricas, que registraram aumento expressivo nas últimas semanas.

Diante desse cenário, o Governo de Goiás tem reforçado campanhas de conscientização e de incentivo à vacinação. As recomendações incluem ainda cuidados simples e já conhecidos, como higienização frequente das mãos, evitar aglomerações em locais fechados e mal ventilados, uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e busca imediata por atendimento médico diante de sinais de agravamento, como falta de ar, febre alta persistente, cansaço extremo ou dor no peito.

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A Secretaria ressalta que os vírus respiratórios tendem a se propagar mais facilmente nesta época do ano e alerta que a vacinação continua sendo a principal estratégia para reduzir internações e mortes. Além da vacina contra a gripe, o reforço da vacinação contra a Covid-19 também é considerado essencial, especialmente para pessoas idosas, imunossuprimidas e com comorbidades.

O relatório da Fiocruz alerta que o cenário pode piorar nas próximas semanas caso não haja uma resposta rápida da população em relação às medidas preventivas e à vacinação.  O crescimento dos casos de SRAG em Goiás segue o padrão de alta observado em outros Estados, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. 

As autoridades de saúde reforçam ainda que, além do cuidado individual, é necessário um esforço coletivo, tanto dos cidadãos quanto das instituições públicas e privadas, para conter o avanço das síndromes respiratórias. Isso inclui a adoção de medidas de proteção, o incentivo à imunização e o fortalecimento dos serviços de saúde, especialmente nas unidades de atenção primária e nos hospitais que atendem casos de média e alta complexidade.

A SES-GO também recomenda atenção redobrada com crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, que são os grupos mais vulneráveis ao agravamento dos quadros respiratórios. A expectativa é de que o Estado continue monitorando de perto os indicadores epidemiológicos nas próximas semanas, mantendo atualizados os boletins e as orientações à população. (Especial para O Hoje)

 

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