Durante uma entrevista concedida ao programa Encontro, a atriz Malu Mader revelou ter vivido um episódio marcante em sua juventude. Aos 25 anos, a artista descobriu um tumor no fígado. Embora o diagnóstico tenha apontado um nódulo benigno, a experiência deixou impactos emocionais. Segundo Mader, o momento foi traumático e ficou gravado em sua memória pelos dias de internação e pela incerteza quanto ao futuro.

Relato de Malu Mader

A atriz contou que, mesmo após saber que o tumor não era maligno, teve dificuldades para lidar com o medo. A descoberta ocorreu durante um exame de rotina, o que evidencia a importância do acompanhamento médico preventivo. Malu, que atualmente tem 58 anos, detalhou o episódio durante a atração televisiva ao lado de outros convidados, destacando os efeitos psicológicos do diagnóstico.

A hepatologista Patrícia Almeida explicou que casos como o relatado por Malu Mader são comuns. De acordo com a médica, a maioria dos nódulos hepáticos não apresenta risco grave. Muitos são descobertos de forma acidental, durante exames de imagem realizados por outros motivos. Ainda assim, o impacto emocional pode ser significativo, especialmente quando o paciente associa a palavra “tumor” à ideia de câncer.

A médica também ressaltou que diversos fatores estão relacionados ao surgimento de nódulos benignos no fígado. Entre os mais comuns, estão o uso prolongado de anticoncepcionais e o consumo de esteroides anabolizantes. Essas substâncias podem desencadear alterações hepáticas, sobretudo em pessoas jovens, como ocorreu com a atriz.

Quando os nódulos são malignos, a abordagem precisa ser imediata. Segundo a especialista, o fígado é um dos órgãos mais vulneráveis à metástase de outros tipos de câncer, como o colorretal. Por isso, o diagnóstico precoce e o uso de tecnologias avançadas são essenciais para o tratamento adequado. Exames como a ressonância magnética com contraste específico para fígado têm alto índice de precisão, o que auxilia na definição do tipo de lesão. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de biópsia.

A Dra. Patrícia reforçou que nem todos os tumores exigem cirurgia. O mais importante, segundo ela, é contar com uma equipe médica especializada para avaliar cada situação. A profissional ainda destacou que o Brasil conta com hepatologistas capacitados para lidar com esses diagnósticos de forma segura e eficiente.