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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Alívio da sinusite combina hábitos naturais, repouso e orientação médica

A condição pode se manifestar de forma aguda ou tornar-se crônica, persistindo por mais de 12 semanas

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 25 de junho de 2025
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Alívio da sinusite combina hábitos naturais, repouso e orientação médica. | Foto: Reprodução/Istock

Métodos naturais para aliviar os sintomas da sinusite vêm sendo amplamente utilizados como forma complementar ao tratamento médico tradicional. Técnicas como umidificar o ambiente, realizar lavagens nasais com soro fisiológico, recorrer à nebulização e consumir líquidos quentes são estratégias acessíveis e eficazes para hidratar as vias respiratórias, reduzir a inflamação dos seios nasais e facilitar a eliminação do muco, promovendo alívio da congestão nasal.

A sinusite é uma inflamação que acomete os seios da face, cavidades localizadas ao redor do nariz responsáveis pela produção de muco. Quando essas estruturas ficam bloqueadas ou sofrem infecções, surgem sintomas que variam de leves a desconfortáveis, afetando diretamente a qualidade de vida do paciente.

A condição pode se manifestar de forma aguda, com duração de algumas semanas, ou tornar-se crônica, persistindo por mais de 12 semanas. Diversos fatores podem estar por trás do problema, incluindo infecções virais, alergias e a exposição constante à poluição do ar. Reconhecer os sinais e compreender as possíveis causas é fundamental para buscar o tratamento mais eficaz.

Os quadros mais leves de sinusite costumam ser resolvidos com cuidados simples e medicamentos prescritos pelo clínico geral. No entanto, a condição se torna mais preocupante quando apresenta sintomas persistentes ou intensos. Febre alta, dor facial acentuada, inchaço ao redor dos olhos e cefaleia forte podem indicar um agravamento do quadro e demandam avaliação médica imediata.

Quando bactérias causam a infecção, os médicos podem prescrever antibióticos para conter o avanço da inflamação e prevenir complicações mais graves, como meningite ou abscesso cerebral. Já a sinusite fúngica, menos comum, mas mais agressiva, costuma afetar indivíduos com o sistema imunológico comprometido e requer tratamento especializado e, muitas vezes, prolongado.

Entre os sintomas mais frequentes estão dor de cabeça e dor facial, que pode se manifestar na região da testa, maçãs do rosto ou atrás dos olhos. A obstrução nasal também é comum, acompanhada de secreções espessas, geralmente amareladas ou esverdeadas, que dificultam a respiração. Tosse, cansaço, coriza, perda de olfato e mau hálito completam o quadro sintomático em muitos pacientes.

A gravidade e a duração da sinusite variam de acordo com a causa e com o estado geral de saúde da pessoa. Diante de sintomas persistentes ou recorrentes, é fundamental procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro e assegurar o tratamento mais adequado.

Aliviar a sinusite

Manter o ar mais úmido dentro dos ambientes é uma das formas mais eficientes de combater os sintomas. Colocar bacias com água morna nos cômodos ou utilizar umidificadores pode facilitar a respiração e a eliminação do catarro, além de aliviar o desconforto típico da sinusite, sobretudo à noite. No entanto, especialistas alertam para evitar o uso excessivo de umidificadores, pois a umidade em excesso favorece o surgimento de mofo, o que pode agravar quadros alérgicos.

A lavagem nasal com soro fisiológico 0,9% é outra prática bastante recomendada. Ao deixar as secreções mais fluidas, essa técnica auxilia na desobstrução nasal e no alívio da pressão na região do rosto. A aplicação correta envolve o uso de uma seringa com soro, direcionada a uma das narinas com a cabeça levemente inclinada. Durante o procedimento, é importante manter a boca aberta e evitar inspirar o líquido.

Para quem prefere soluções caseiras, uma mistura de água filtrada e sal pode substituir o soro fisiológico. Essa solução salina caseira é eficaz na remoção de impurezas e secreções nasais, promovendo desobstrução imediata.

Outra aliada contra a sinusite é a nebulização. O uso de nebulizadores com soro fisiológico ajuda a hidratar as vias respiratórias e a facilitar a eliminação do muco. Especialistas recomendam que o procedimento seja feito sentado, com respiração lenta e profunda, durante cerca de 20 minutos. Tomar banho morno com o ambiente fechado também pode gerar vapor suficiente para aliviar os sintomas.

A inalação de vapor com óleo essencial de eucalipto é uma opção com efeitos quase imediatos na congestão nasal. O composto cineol, presente no eucalipto, possui propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e mucolíticas. Para o preparo, bastam algumas gotas do óleo em uma bacia com água quente. A pessoa deve cobrir a cabeça com uma toalha e inalar o vapor por até 10 minutos. Também é possível usar as folhas da planta como alternativa ao óleo.

Compressas mornas aplicadas na testa, bochechas ou ao redor dos olhos ajudam a reduzir o inchaço das mucosas e aliviar a dor causada pela pressão nos seios nasais. Já a ingestão de líquidos, especialmente água, mantém o corpo hidratado e facilita a eliminação do muco. A recomendação é consumir, em média, dois litros de água por dia.

Chás e alimentos com propriedades naturais vêm sendo apontados como aliados importantes no alívio dos sintomas da sinusite. Bebidas mornas, como chá de gengibre ou de tomilho, ajudam a manter o corpo hidratado e atuam como anti-inflamatórios naturais, contribuindo para a redução do inchaço nos seios nasais. Sopas e caldos quentes também se mostram eficazes ao promover a desobstrução nasal e aliviar a irritação das mucosas.

Entre os ingredientes que se destacam pelo potencial terapêutico estão o alho e a cebola. Ricos em compostos antimicrobianos, eles podem auxiliar na eliminação de bactérias e no controle da inflamação, acelerando a recuperação. Ambos podem ser incluídos no preparo de refeições ou, ainda, utilizados na forma de infusão.

Durante uma crise de sinusite, o repouso é considerado essencial. Permitir que o corpo descanse de forma adequada contribui para a resposta imunológica e para a regeneração das vias aéreas. Especialistas recomendam que adultos durmam entre oito e nove horas por noite e evitem atividades físicas intensas durante o período de recuperação.

Quando os métodos naturais não são suficientes para controlar os sintomas, sobretudo após um período de sete a dez dias, pode ser necessário recorrer a medicamentos. Descongestionantes nasais e anti-histamínicos estão entre as primeiras opções. Em quadros mais intensos, o médico pode prescrever corticoides, anti-inflamatórios ou antibióticos, especialmente quando há febre, histórico de asma ou outras doenças respiratórias que possam ser agravadas pela infecção.

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