O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou, nesta quarta-feira (25), sete redes de postos de combustíveis do Distrito Federal e Entorno por formação de cartel. As multas aplicadas somam mais de R$ 150 milhões.

A investigação começou em 2020, após denúncia da Câmara Legislativa do DF. Durante o processo, o Cade reuniu provas com o apoio da Operação Dubai e da Rede Cascol, que colaborou por meio de um acordo de leniência.

Segundo o conselheiro Carlos Jacques, relator do caso, as redes atuaram em conjunto para fixar os preços e enganar os consumidores. “Não havia concorrência real. Era uma farsa para aumentar os lucros”, afirmou.

As sete empresas foram multadas em cerca de R$ 149 milhões. Dez pessoas físicas também foram responsabilizadas e pagarão, juntas, mais de R$ 5 milhões. Outras empresas investigadas foram inocentadas por falta de provas.

Em nota, o Sindicombustíveis-DF esclareceu que não tem relação com o cartel e foi excluído do processo. A entidade também destacou que seu presidente, Paulo Roberto Corrêa Tavares, não foi investigado.

O sindicato reafirmou seu compromisso com a legalidade e disse que não interfere na política de preços dos postos. “Promovemos a concorrência leal e repudiamos qualquer tentativa de nos vincular a práticas ilegais”, concluiu.

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