As mãos estão entre as regiões mais atingidas em casos de queimaduras e exigem atenção imediata. Lesões nesse local, mesmo quando superficiais, podem comprometer funções motoras e provocar sequelas duradouras. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que, entre janeiro e março de 2024, o Brasil registrou 4.809 internações por queimaduras — média de 52 por dia, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

Especialistas explicam que as mãos concentram estruturas delicadas e complexas. Quando a queimadura compromete camadas mais profundas da pele, pode haver rigidez, formigamento, perda de sensibilidade e limitação de movimento. A demora no atendimento ou o uso de métodos inadequados pode agravar o quadro e gerar complicações irreversíveis.

Nos primeiros socorros, a orientação é manter a calma e resfriar a área queimada com água corrente fria por até 10 minutos. Esse procedimento ajuda a reduzir a temperatura da pele, limitar os danos e aliviar a dor. Em seguida, a região deve ser protegida com gaze estéril ou pano limpo. Não se deve aplicar substâncias caseiras, como pasta de dente, manteiga ou pomadas não indicadas, pois elas podem dificultar o diagnóstico e aumentar o risco de infecção.

O uso de analgésicos pode ser feito apenas se o medicamento já fizer parte da rotina do paciente. Em todos os casos, o encaminhamento médico é importante, mesmo quando a queimadura parece pequena. A avaliação profissional permite classificar corretamente o grau da lesão e iniciar o tratamento adequado.