A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lavrou, nesta terça-feira (1º), o primeiro auto de infração contra a empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão de Padre Bernardo. A penalidade, no valor de R$ 37,5 milhões, é resultado do desmoronamento de uma pilha de lixo ocorrido no dia 18 de junho, que causou danos ambientais significativos na região.

A aplicação da multa ocorreu após a conclusão da etapa inicial de qualificação do dano ambiental feita pelos técnicos da Semad. Com a responsabilidade reconhecida, a empresa deverá responder pela instabilidade estrutural da área e pelos impactos provocados ao meio ambiente e à população.

Atualmente, a Semad atua na preparação da documentação necessária para contratar novas máquinas que reforcem as ações emergenciais no local. Os equipamentos serão somados aos já disponibilizados pela prefeitura de Padre Bernardo, e têm como prioridade a remoção dos 42 mil metros cúbicos de resíduos que desabaram, além da abertura de acessos para viabilizar o trabalho das equipes técnicas.

Leia mais: Golpe da “CNH Social gratuita” alerta população sobre fraudes nas redes sociais

Também está em curso o monitoramento da qualidade da água dos principais cursos hídricos afetados: o córrego Santa Bárbara e o rio do Sal. Essas fontes eram utilizadas por produtores rurais da região, mas tiveram o uso suspenso por determinação da Semad, até que seja constatado o fim da contaminação. Enquanto isso, a prefeitura realiza o abastecimento emergencial de água potável para os moradores impactados, utilizando galões de 20 litros e caminhões-pipa.

Coletas de amostras foram realizadas no domingo (29) e na segunda-feira (30), sendo enviadas para análise em Goiânia. As equipes da Semad devem retornar a Padre Bernardo nesta quinta-feira (4) para realizar uma nova rodada de coleta e dar continuidade ao monitoramento ambiental da área afetada.