Nesta sexta-feira (4), a partir das 17h, o Jardim Potrich, em Goiânia, sedia o encerramento do projeto Goianins. Gratuito e aberto à comunidade, o evento marca o fim de uma série de oficinas e atividades realizadas ao longo dos últimos meses com crianças de 4 a 12 anos, tanto típicas quanto atípicas. A programação inclui intervenção artística colaborativa, show musical ao vivo e entrega dos estandartes criados durante o projeto.

O destaque da abertura será uma atividade de pintura coletiva no muro do Jardim Potrich, onde os pequenos artistas darão os retoques finais em uma obra inspirada na cultura regional. Logo depois, às 17h30, o músico Júlio Lemos sobe ao palco com um repertório que passeia por bossa nova, samba e chorinho. A programação se encerra com a entrega oficial das produções visuais feitas nas oficinas, reforçando o protagonismo das crianças e a valorização de suas expressões artísticas.

Idealizado pela arte-educadora Laura Macêdo em parceria com Tatiana Potrich, o Goianins nasceu com o propósito de apresentar a cultura popular goiana ao público infantil por meio da arte naif. As atividades foram inspiradas na obra da artista Helena Vasconcelos, referência nacional no retrato das Cavalhadas e dos curucucus — os mascarados do folclore goiano. Antes das oficinas, os participantes fizeram visitas guiadas à exposição de Vasconcelos, vivenciando um mergulho nas tradições visuais do estado.

Durante os encontros, as crianças produziram estandartes, máscaras e murais com referências às cores, formas e personagens típicos da arte popular. Ao final, parte dessas criações ganhou espaço nas ruas do Jardim Goiás, compondo uma intervenção urbana na Rua 12. O resultado transforma o cotidiano da cidade em galeria aberta e plural, em que a infância ocupa o centro da narrativa visual.

O Goianins foi viabilizado por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com execução no âmbito municipal e apoio do Ministério da Cultura. O projeto reafirma a importância de investir em ações culturais voltadas para a infância como estratégia de inclusão e construção de identidade local. A proposta articula arte, educação e patrimônio de forma afetiva e participativa.