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Concurso Público

Governo abre inscrições para o Concurso Nacional Unificado (CNU) com mais de 3,6 mil vagas

Candidatos têm até 20 de julho para se inscrever

Otavio Augustopor Otavio Augusto em 5 de julho de 2025
Seleção unificada tem vagas com salários de até R$ 17,7 mil. Divulgação/ CNU

Começaram nesta quarta-feira, 2 de julho, as inscrições para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”. O certame, organizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), reúne em um único edital a oferta de 3.652 vagas em 32 órgãos federais. A inscrição pode ser feita até o dia 20 de julho, exclusivamente pelo portal Gov.br, com taxa de R$ 70.

Essa edição marca uma reestruturação do modelo tradicional de concursos públicos no país. Ao centralizar a seleção, o governo busca democratizar o acesso ao funcionalismo federal, ampliar a diversidade entre os aprovados e tornar o processo mais eficiente. Segundo o MGI, o primeiro CNU, em 2024, atraiu cerca de 2 milhões de inscritos.

Como se inscrever no CNU

As inscrições devem ser feitas por meio do endereço gov.br, sendo necessário ter uma conta ativa, de qualquer nível. O pagamento da taxa deve ser realizado até 21 de julho. Estão isentos candidatos inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea reconhecidos pelo Ministério da Saúde, bolsistas do ProUni e estudantes com contrato vigente no FIES.

Ao se inscrever, o candidato poderá escolher apenas um bloco temático, que reúne cargos de áreas afins, e selecionar as carreiras de interesse dentro do bloco. A disputa pelas vagas acontece dentro do próprio bloco escolhido.

Etapas do concurso

As provas serão realizadas em duas fases. A primeira, em 5 de outubro de 2025, será composta por questões objetivas de múltipla escolha. A segunda fase, prevista para 7 de dezembro, incluirá provas discursivas para os candidatos habilitados na etapa anterior.

A prova objetiva contará com 90 questões para cargos de nível superior (30 de conhecimentos gerais e 60 específicos) e 68 questões para cargos de nível médio (20 gerais e 48 específicas). Os resultados da primeira fase e a convocação para a prova discursiva serão divulgados em 12 de novembro.

Já a avaliação de títulos, válida apenas para cargos específicos, acontecerá entre 13 e 19 de novembro. Haverá ainda procedimentos para confirmação de cotas e autodeclaração entre 30 de novembro e 8 de dezembro, além de etapas específicas como investigação social, prova oral e cursos de formação, conforme previsto no edital.

Sede de órgãos federais em Brasília concentra mais da metade das vagas. Reprodução/ CNU

Distribuição das vagas e salários

As vagas estão divididas em nove blocos temáticos:

  • Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência) – 789 vagas

  • Bloco 2: Cultura e Educação – 130 vagas

  • Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia – 212 vagas

  • Bloco 4: Engenharias e Arquitetura – 306 vagas

  • Bloco 5: Administração e Gestão – 1.172 vagas

  • Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico – 285 vagas

  • Bloco 7: Justiça e Defesa – 250 vagas

  • Bloco 8: Nível intermediário – Saúde – 168 vagas

  • Bloco 9: Nível intermediário – Regulação – 340 vagas

Os salários iniciais variam de R$ 4.787,59, para cargos técnicos, a R$ 17.726,42, para especialistas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Alguns dos cargos mais concorridos estão nas áreas de regulação de petróleo e derivados, audiovisual e geociências. Essas funções exigem formação superior específica e serão exercidas na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Onde as vagas estão localizadas

As provas serão aplicadas em 228 cidades, abrangendo os 26 estados e o Distrito Federal. A distribuição regional das vagas segue a concentração dos órgãos federais:

  • Distrito Federal: 2.089 vagas

  • Sudeste: 814

  • Nordeste: 165

  • Norte: 135

  • Sul: 54

  • Centro-Oeste (exceto DF): 4

  • Sem local definido (flexível): 391

A maior parte das oportunidades está concentrada em Brasília, mas há vagas em todo o país, incluindo para cargos de nível médio.

Cotas e ações afirmativas

O novo CNU amplia o alcance das políticas de inclusão. 35% das vagas são destinadas a ações afirmativas, sendo:

  • 25% para pessoas pretas e pardas

  • 5% para pessoas com deficiência (PcD)

  • 3% para indígenas

  • 2% para quilombolas

Além disso, há uma nova política de equidade de gênero. Pelo menos 50% dos convocados para a segunda fase deverão ser mulheres. Se esse percentual não for atingido após a primeira fase, candidatas com nota mínima adicionalmente classificadas serão chamadas para garantir a paridade. Segundo o MGI, essa medida não altera o resultado final, que continuará baseado na soma das notas objetivas, discursivas e de títulos.

Outra inovação é a aplicação de sorteio eletrônico para cargos com até cinco vagas, a fim de garantir a aplicação proporcional das cotas também nesses casos.

Destaques entre os cargos ofertados

Entre os cargos com os maiores salários, destacam-se:

  • Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados (ANP): R$ 17,7 mil

  • Especialista em Geologia e Geofísica (ANP): R$ 17,7 mil

  • Especialista em Regulação Audiovisual (Ancine): R$ 16,4 mil

Essas funções exigem nível superior e atuação técnica de alto desempenho. Em comum, esses cargos envolvem fiscalização, análise de dados, formulação de políticas públicas e regulação de setores estratégicos.

Cronograma completo do CNU 2025

  • Inscrições: 2 a 20 de julho

  • Pedido de isenção da taxa: 2 a 8 de julho

  • Pagamento da taxa: até 21 de julho

  • Prova objetiva: 5 de outubro

  • Resultado da prova objetiva e convocação para discursiva: 12 de novembro

  • Envio de títulos: 13 a 19 de novembro

  • Prova discursiva: 7 de dezembro

  • Confirmação de cotas: 30 de novembro a 8 de dezembro

  • Divulgação da lista de classificação: 30 de janeiro de 2026

 

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