Donald Trump, anunciou na última quinta-feira (10) uma tarifa de 35% sobre produtos canadenses. A medida, válida a partir de 1º de agosto, amplia a lista de países que receberam notificações por manterem relações comerciais “desiguais” com os EUA, segundo o republicano. Em publicação na Truth Social, Trump atribuiu a nova sanção à crise do fentanil, que, para ele, é agravada “pelo fracasso do Canadá em impedir a entrada de drogas em nosso país”. O país, junto com o México, já vem enfrentando tais acusações de Trump há algum tempo.

Segundo o presidente, empresas canadenses podem escapar da taxação se transferirem sua produção para território americano. “De fato, faremos todo o possível para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira – em outras palavras, em questão de semanas”, escreveu.

O Canadá foi o 23º país a receber uma carta tarifária desde segunda-feira. Na última quarta (9), Trump já havia incluído Sri Lanka, Argélia, Filipinas, Líbia, Iraque, Moldávia, Brunei e Brasil. As alíquotas variam de 20% a 50%, e a mais alta foi atribuída ao Brasil. A menor, de 20%, recaiu sobre as Filipinas.

As novas tarifas se somam às já aplicadas a setores como aço, alumínio e automóveis — produtos de destaque nas exportações canadenses. Trump também afirmou que pretende enviar, em breve, uma carta semelhante à União Europeia. “Estou conversando com a UE que, como vocês sabem, abrange vários países, e também com o Canadá. Devemos enviar [as cartas] nas próximas horas”, declarou à rede americana NBC.

Ele ainda advertiu que países fora da lista devem enfrentar taxas de 15% a 20%, além das tarifas básicas de 10% em vigor desde abril.