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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ALERTA

Câncer de cabeça e pescoço pode dar sinais na boca; saiba como se prevenir

Especialista explica sintomas de alerta e quando procurar um profissional da área como odontólogos e bucomaxilofaciais

Thais Airespor Thais Aires em 17 de julho de 2025
câncer

Feridas persistentes na boca, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, nódulos no pescoço e dificuldade para mastigar ou engolir são sinais que, muitas vezes, passam despercebidos. Mas, em alguns casos, podem indicar o início de um câncer de cabeça e pescoço, que ocupa hoje a quinta posição entre os mais incidentes no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

Em meio à campanha Julho Verde, realizada pela SBCCP, que busca alertar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de cabeça e pescoço – que afeta áreas como boca, garganta, laringe, faringe, tireóide, glândulas salivares e região sinonasal – é importante destacar o papel relevante do cirurgião bucomaxilofacial neste processo.

No Hospital Mater Dei Goiânia, essa atuação começa desde o primeiro sinal de alerta: “O cirurgião-dentista tem papel essencial na identificação precoce de lesões suspeitas na cavidade oral, maxilares e estruturas adjacentes”, explica o bucomaxilofacial Leonardo Andrade. “Também realizamos biópsias, exames clínicos e atuamos diretamente nas reconstruções cirúrgicas, quando necessário.”

O que observar e quando procurar o especialista

O termo “câncer de cabeça e pescoço” engloba diversos tipos de tumores malignos que atingem estruturas como cavidade oral, língua, gengiva, amígdalas, mandíbula, laringe, glândulas salivares, seios paranasais, tireoide e pele da face. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 80% dos casos diagnosticados no Brasil entre 2000 e 2017 foram identificados já em estágio avançado. O estudo também apontou uma relação direta entre o grau de escolaridade e o tempo de detecção, o que destaca a necessidade de ampliar o acesso à informação.

Entre os sintomas que devem motivar a busca por uma avaliação médica estão feridas na boca que não cicatrizam após 15 dias, manchas de coloração incomum, nódulos ou inchaços na região da mandíbula, sangramentos espontâneos, dor persistente no pescoço ou mandíbula, rouquidão sem causa definida e mobilidade dentária sem motivo gengival aparente. “Também é importante estar atento a qualquer dificuldade para abrir a boca, mastigar ou engolir”, afirma o bucomaxilofacial Leonardo Andrade.

No Hospital Mater Dei Goiânia, a equipe de bucomaxilofacial atua de forma integrada com cirurgiões de cabeça e pescoço, estomatologistas, cirurgiões plásticos e outros profissionais. O objetivo é acompanhar o paciente em todas as fases do tratamento, desde o diagnóstico até a reabilitação funcional e estética. “A atuação multiprofissional garante um cuidado mais completo e centrado na qualidade de vida do paciente”, explica o cirurgião.

Além do suporte especializado, a prevenção continua sendo a principal estratégia. Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, manter a higiene bucal em dia, usar protetor solar nos lábios e visitar regularmente o dentista são hábitos que ajudam a reduzir o risco de desenvolver tumores na região. “É importante que a população incorpore o autoexame na rotina e não adie a procura por atendimento quando houver qualquer alteração”, esclarece o bucomaxilo.

 

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