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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Ossos sob risco

Como envelhecer sem fraturas

Densidade óssea começa a cair após os 30 anos, mas estratégias preventivas podem garantir longevidade com qualidade

Luana Avelarpor Luana Avelar em 18 de julho de 2025
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A partir dos 30 anos, o corpo humano começa a perder massa óssea de forma gradual. Esse processo, comum ao envelhecimento, compromete a resistência dos ossos e aumenta o risco de fraturas, especialmente na coluna, nos punhos e no quadril. Entre os fatores que aceleram essa perda estão a má alimentação, o sedentarismo, os desequilíbrios hormonais e o uso contínuo de determinados medicamentos. A osteoporose, quando se instala, torna o esqueleto poroso e vulnerável, silenciosa até o momento do trauma.

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a doença. Mulheres no período da menopausa formam o grupo mais afetado, em razão da queda brusca nos níveis de estrogênio. No entanto, o problema também atinge os homens, sobretudo após os 70 anos. A prevenção começa cedo e exige medidas simples, mas contínuas. Uma delas é a ingestão regular de cálcio, encontrado em laticínios, folhas verde-escuras e leguminosas. Esse mineral é a principal matéria-prima da estrutura óssea e deve ser fornecido todos os dias. Sem ele, o corpo extrai cálcio dos próprios ossos para suprir suas necessidades.

A vitamina D, por sua vez, é importante para que o organismo absorva corretamente o cálcio ingerido. O principal meio de obtê-la é a exposição solar. De cinco a vinte minutos por dia, com braços e pernas descobertos e fora do horário de pico, são suficientes para ativar a síntese natural da substância. A suplementação só deve ser feita com indicação profissional, já que o excesso pode trazer complicações sérias, como o acúmulo de cálcio no sangue.

A prática regular de exercícios físicos é outra frente eficaz na manutenção da saúde óssea. Treinos de força e impacto controlado estimulam a regeneração celular dos ossos, que respondem ao esforço ficando mais densos e resistentes. Musculação, corrida leve e caminhadas com carga são boas alternativas, desde que orientadas por profissionais. A ausência de movimento prolongado sinaliza ao organismo que aquela estrutura não está sendo utilizada, o que leva à sua reabsorção gradual.

Evitar álcool e cigarro também faz diferença. Essas substâncias interferem na absorção de nutrientes e reduzem a capacidade do corpo de manter ossos saudáveis. Para as mulheres, o acompanhamento médico ao longo do climatério pode incluir a reposição hormonal, que ajuda a equilibrar os efeitos da queda de estrogênio. Para quem já apresenta sinais de perda óssea, o tratamento pode envolver medicamentos específicos, além de ajustes na alimentação e rotina física.

O cuidado com os ossos precisa começar ainda na juventude. Construir uma estrutura sólida ao longo da vida é o que garante autonomia e mobilidade na velhice.

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