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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
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Dia do Amigo: como identificar amizades tóxicas que desgastam ao invés de fortalecer

Especialista explica quando uma amizade deixa de ser saudável e o que fazer para preservar vínculos positivos

Thais Airespor Thais Aires em 20 de julho de 2025
amizade

Neste domingo, 20 de Julho, é celebrado o Dia do Amigo, uma data que costuma inspirar homenagens e reencontros. Mas também pode ser uma oportunidade para avaliar a qualidade das relações que cultivamos. Afinal, nem toda amizade é sinônimo de bem-estar. Em tempos de conexões constantes e redes sociais repletas de interações, muitas vezes o que parece proximidade pode esconder vínculos emocionalmente desgastantes.

A psicóloga Karina Siqueira, da Hapvida, alerta que reconhecer os sinais de uma amizade tóxica é fundamental para preservar a saúde mental. Segundo ela, amizades desequilibradas podem gerar exaustão, ansiedade e até interferir na autoestima. “É essencial se questionar: essa amizade me revigora ou me esgota?”, afirma.

Ela explica que sinais como o hábito de evitar encontros, sair de conversas com sensação de culpa ou cansaço, e até mesmo sentir angústia ao pensar em determinado amigo indicam que o vínculo pode estar prejudicando mais do que ajudando. “Esse tipo de desconforto não surge por acaso. É preciso estar atento e entender o impacto que a presença do outro causa no seu bem-estar”, reforça.

Cada amizade ocupa um espaço diferente

De acordo com a psicóloga, a ideia de que um “verdadeiro amigo” precisa estar disponível para tudo é equivocada. Amizades sólidas, segundo ela, respeitam limites e papéis diferentes. “Nem todo colega de trabalho é um bom ouvinte para questões pessoais. Da mesma forma, um parceiro de treino talvez não seja a pessoa ideal para compartilhar desafios profissionais. Isso não significa deslealdade, apenas que cada relação tem sua função”, explica Karina.

Ela compara as amizades aos relacionamentos amorosos no que diz respeito à necessidade de limites claros, respeito mútuo e comunicação direta. “Mentiras, traições e humilhações não cabem em uma amizade verdadeira. Quando alguém ultrapassa um limite já comunicado e insiste no comportamento, isso não é um engano, é uma escolha consciente. E pode ser o início do fim de uma relação saudável”, alerta.

Entre os principais comportamentos que sinalizam uma amizade tóxica, Karina cita a manipulação emocional, críticas constantes, ciúmes disfarçados de cuidado, ausência nos momentos difíceis e dependência excessiva. “Se você sente que precisa inventar desculpas para não ver a pessoa, ou percebe que ela desaparece quando você mais precisa, é hora de ligar o sinal de alerta”, pontua.

Amizade
Quando o laço aperta mais do que acolhe: sinais de uma amizade tóxica podem estar nos pequenos gestos do dia a dia

Avaliação racional pode ajudar a tomar decisões

Para quem desconfia estar preso a uma amizade prejudicial, a especialista sugere um exercício prático: fazer uma lista racional. A técnica consiste em dividir uma folha de papel em duas colunas. Na primeira, listar os pontos positivos da relação – como momentos de apoio, cumplicidade ou diversão. Na outra, anotar tudo o que causa incômodo – como fofocas, críticas destrutivas ou falta de respeito.

“Depois, dê notas de 0 a 10 para cada item e analise o peso de cada lado. Se os aspectos negativos forem predominantes, é um indicativo claro de que a relação precisa ser revista”, orienta. O objetivo não é romper laços de forma impulsiva, mas entender quando uma amizade deixa de ser saudável.

Karina reforça que a vida adulta já impõe diversos desafios, e manter vínculos que geram sofrimento pode comprometer ainda mais o equilíbrio emocional. “A vida adulta já é complexa demais para carregarmos pessoas que nos transformam em versões menores de nós mesmos”, afirma.

Por fim, ela destaca que amizades verdadeiras são aquelas que acolhem, respeitam e acompanham o outro em diferentes fases da vida, mesmo quando não estão presentes o tempo todo. “É possível ter relações para diferentes momentos: uma para se divertir, outra para conversar, outra para dividir conquistas. O importante é não exigir de alguém algo que ele não está disposto ou preparado para oferecer”, conclui.

 

 

 

 

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