A Ressacada foi palco de um embate equilibrado e estudado entre Avaí e Vila Nova. A história não está a favor do Colorado quando o assunto são jogos contra o Leão da Ilha. Entretanto, o gol heróico de Gustavo Pajé garantiu um ponto fora de casa, fechando o empate em 1 a 1. 

Dessa forma, o Tigre chega a quarta rodada sem derrotas, dois jogos e dois empates, um total de 24 pontos na tabela de classificação, e 7º da Série B. O Avaí se encontra logo à frente, com 25 tentos e 6º colocado. 

O panorama criado por Luizinho Lopes nos últimos combates é de uma equipe que se encontra em uma crescente, um estilo de jogo que está evoluindo, como afirmado por ele em coletiva pré-jogo. De fato, quatro rodadas sem perder é algo a se comemorar após cinco derrotas seguidas. O cenário de terra arrasada parece ter se revertido em uma sequência promissora de pontuação, que não aparenta ter atingido seu ápice.

Em uma formação distinta da partida contra o Operário-PR, Luizinho buscou soluções para os problemas que ele poderia enfrentar em Florianópolis. A saída de André Luís foi suprida por Júnior Todinho, o que já era esperado, e Arilson entrou no lugar de Guilherme Parede. A segunda mudança carrega um peso tático mais profundo, indo de 4-3-3, para 4-4-2, que trouxe ideias interessantes quando encaixadas no contexto. 

Na rodada anterior, ficou claro os problemas de criação por parte do Vila Nova. A equipe não conseguiu colocar a bola nos pés de seus homens de frente, e o empate sem gols pareceu justo pela qualidade ofensiva apresentada pelas equipes. A entrada de Arilson daria mais força física ao meio-campo do Vila Nova, priorizando o setor defensivo e deixando Dodô mais livre para atacar a área e criar jogadas no último terço. 

Sucesso. O Colorado povoou o meio-campo com mais intensidade do que o Avaí, que em contrapartida, chegou na área com maior efetividade, mas foi parado no primeiro tempo pelo cadeado defensivo desenvolvido por Luizinho Lopes. 

Destrinchando, Weverton e Pagnussat eram as duas torres plantadas para proteger o goleiro Halls. Elias encontrou liberdade pelo corredor direito, ajudando o meio-campo em determinadas ações, e se movimentando com Bruno Xavier. Willian Formiga fazia o mesmo pelo lado esquerdo, porém, se aproximando mais da dupla de zaga para fechar o trio em certas descidas. João Vieira e Arilson se intercalavam no meio, ora para fechar a última linha de defesa, ora para construir um contra-ataque aos homens de frente. Dodô, por sua vez, se viu com maior liberdade no setor ofensivo, seja para guiar o contra-ataque com velocidade, ou construir uma jogada mais cadenciada. 

O segundo tempo foi marcado por mais intensidade por parte do Avaí, que via suas investidas morrerem na zaga ou nas luvas de Halls. O erro fatal do Tigrão foi em uma saída precipitada do goleiro. Em passe errado, a bola caiu nos pés de Marquinhos Gabriel próximo a entrada da área. O jogador conduziu por poucos metros, encontrou pouca pressão, e finalizou com força de pé esquerdo, sem chances para Halls. A chave do cadeado foi entregue pelo próprio Vila. 

A partida seguiu travada no meio-campo sem muita pressão das equipes. O Avaí parecia certo dos três pontos, e o Vila pouco fazia para reverter a situação. O duelo seguiu junto com o relógio, e aos 41 minutos, um escanteio mudou o resultado da partida. 

Cruzamento para o Colorado, seguido por uma saída errada do goleiro Igor Bohn, com isso, a bola sobra para os pés do jovem Gustavo Pajé, que encontrou uma finalização firme, sem contestação para o fundo da rede. 1 a 1, ponto salvo pela cria da base vilanovense.