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sábado, 6 de dezembro de 2025
Saúde Digital

Adolescentes e aplicativos de namoro: um risco que exige atenção

Estudo inédito revela que 1 em cada 4 jovens usa plataformas de relacionamento; especialistas apontam riscos à saúde mental, exposição a predadores e impactos no desenvolvimento emocional

Luana Avelarpor Luana Avelar em 26 de julho de 2025
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Quase um em cada quatro adolescentes brasileiros já utilizou aplicativos de namoro. É o que revela um estudo publicado nesta semana no Journal of Psychopathology and Clinical Science, que monitorou, pela primeira vez, a atividade digital de jovens entre 13 e 18 anos com base na digitação em smartphones, e não apenas em relatos autodeclarados. A pesquisa observou que 23,5% dos adolescentes acessaram esse tipo de plataforma em um intervalo de seis meses. Aqueles que usaram com mais frequência apresentaram mais sintomas associados à depressão.

A pesquisa aponta que o uso recorrente desses aplicativos se relaciona a comportamentos de risco, como uso de substâncias e desrespeito a regras básicas de convivência familiar. Segundo o Centro para o Adolescente em Desenvolvimento da UCLA, cérebros adolescentes têm maior propensão à impulsividade e buscam gratificação imediata, o que amplia o risco de envolvimento em situações perigosas.

Além do impacto emocional, especialistas alertam para ameaças concretas, como o catfishing, quando adultos se passam por adolescentes para extorquir ou manipular emocionalmente vítimas. A vulnerabilidade aumenta quando os jovens marcam encontros presenciais sem critérios de segurança. Embora o Match Group, dono do Tinder, afirme que menores são proibidos em suas plataformas, o estudo evidencia falhas nos mecanismos de verificação de idade.

O uso precoce dessas ferramentas também compromete a construção de vínculos reais e duradouros. Pesquisas da Universidade Harvard demonstram que relações interpessoais saudáveis, desenvolvidas presencialmente, são decisivas para o bem-estar. Diante disso, especialistas recomendam que pais estejam atentos, abram espaço para diálogo e promovam alternativas de socialização mais seguras e saudáveis.

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