Bruno Henrique, atacante do Flamengo, virou réu na Justiça do Distrito Federal por fraude esportiva. A acusação, aceita nesta sexta-feira (25) pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, envolve também o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior. Segundo o Ministério Público, Bruno teria forçado um cartão vermelho durante partida contra o Santos, em 2023, no Mané Garrincha, para beneficiar apostadores, entre eles o próprio irmão.

A investigação aponta movimentações suspeitas em sites de apostas, com registros feitos por contas recém-criadas, algumas delas de Belo Horizonte, cidade natal do atleta. O juiz considerou os indícios suficientes para seguir com o processo por fraude, mas descartou a acusação de estelionato, além de rejeitar o pedido de fiança de R$ 2 milhões, alegando que o jogador colaborou com as investigações e não tentou atrapalhar o andamento do caso.

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Em nota, a defesa de Bruno Henrique afirmou que confia na Justiça e acredita que a denúncia será esclarecida. Os advogados destacaram que Bruno nunca participou de qualquer esquema de apostas e segue focado em sua carreira profissional.

Outro investigado no caso, Douglas Ribeiro Pina Barcelos, confessou ter feito uma aposta já sabendo da punição ao jogador e, por isso, firmou um acordo de não persecução penal para evitar se tornar réu. Se condenados, Bruno Henrique e o irmão podem pegar entre dois e seis anos de prisão. O Ministério Público também pede que os dois paguem R$ 2 milhões em indenização por danos morais coletivos, alegando que o episódio afetou a credibilidade do futebol brasileiro.