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sábado, 6 de dezembro de 2025
Saúde

CFM proíbe uso de anestesia para tatuagens e alerta para riscos à saúde

Decisão veta sedação e bloqueios anestésicos fora de ambiente clínico e destaca perigos de reações adversas aos pigmentos

Luana Avelarpor Luana Avelar em 29 de julho de 2025
processo de criacao de nova tatuagem para jovem por tatuador experiente em estudio
Foto: Freepik

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou na última segunda-feira (28), uma resolução que proíbe expressamente o uso de anestesia geral, sedação ou bloqueios anestésicos periféricos para a realização de tatuagens. A medida, divulgada no Diário Oficial da União, abre exceção apenas para procedimentos reparadores com indicação clínica formal.

A norma é fundamentada em riscos potenciais à saúde, incluindo a possibilidade de reações inflamatórias, alergias tardias e efeitos tóxicos provocados pela absorção de metais pesados contidos nos pigmentos usados em tatuagens, como cádmio, chumbo, níquel e cromo. O relator da resolução, Diogo Sampaio, presidente do Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso, destacou que não há evidências científicas que atestem a segurança da prática anestésica nesse contexto.

A decisão também reforça que procedimentos anestésicos devem ocorrer exclusivamente em ambientes com estrutura adequada, equipados com recursos de monitoramento, suporte à vida e profissionais treinados. Tais requisitos não são encontrados em estúdios de tatuagem, que carecem de infraestrutura para lidar com emergências médicas.

Ao justificar a resolução, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, afirmou que a medida busca preservar os limites éticos da profissão e garantir a segurança do paciente. Para ele, a prática de atos anestésicos em locais inapropriados pode ainda comprometer o sigilo profissional e configurar infração ética ou até crime, conforme previsto no Código Penal.

A nova regulamentação também visa coibir a banalização de procedimentos médicos fora do ambiente hospitalar ou ambulatorial, enfatizando que intervenções invasivas exigem critérios técnicos, respaldo clínico e responsabilidade profissional.

A tatuagem, embora considerada um procedimento estético comum, envolve perfuração da pele e manipulação de substâncias com potencial alergênico e tóxico. A sedação ou anestesia nesses casos, sem indicação clínica e fora do ambiente apropriado, amplia os riscos para o paciente, incluindo reações imprevisíveis ou situações de urgência sem suporte adequado.

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