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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

“Água no joelho”: estudo esclarece causas, sintomas e cuidados necessários

O joelho é envolvido por uma estrutura chamada membrana sinovial, responsável por produzir o líquido sinovial, substância que lubrifica e nutre os componentes internos da articulação

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 2 de agosto de 2025
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“Água no joelho”: estudo esclarece causas, sintomas e cuidados necessários. | Foto: Reprodução/Istock

O termo popular “água no joelho” é usado para descrever uma condição médica conhecida como derrame articular, caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido na articulação do joelho. Essa condição provoca inchaço, dor, sensação de pressão e, em casos mais graves, dificuldade para movimentar a perna afetada. O quadro pode surgir por diferentes causas, como traumas, processos inflamatórios ou infecções, e demanda atenção especializada para diagnóstico e tratamento adequados.

O joelho é envolvido por uma estrutura chamada membrana sinovial, responsável por produzir o líquido sinovial, substância que lubrifica e nutre os componentes internos da articulação, como ligamentos, meniscos e cartilagem. Quando há um desequilíbrio nesse sistema, seja por inflamação aguda ou crônica, o líquido pode se acumular em excesso, causando o inchaço característico.

Embora o inchaço no joelho nem sempre represente um derrame articular, alguns sinais indicam a necessidade de avaliação médica. Entre eles estão a limitação de movimento, dor intensa que não melhora com analgésicos comuns, sensação de instabilidade ao apoiar o peso do corpo, alteração da cor ou temperatura da pele sobre o joelho, além de febre ou persistência do inchaço por mais de três dias.

Em casos de lesão recente, a aplicação de gelo e a elevação da perna são medidas iniciais eficazes. O uso do gelo ajuda a reduzir o fluxo sanguíneo local, controlar a produção de líquido sinovial e aliviar a dor, mas deve ser feito com cuidado: a compressa fria não deve ser aplicada diretamente na pele e o tempo de uso não deve ultrapassar 20 minutos por vez. Pessoas com doenças circulatórias, como o fenômeno de Raynaud, devem evitar esse tipo de tratamento sem orientação médica.

Outra estratégia recomendada é a compressão com bandagens elásticas, desde que feita com cautela para não comprometer a circulação. A elevação da perna acima da altura do coração também contribui para a drenagem do líquido acumulado e alívio do inchaço.

Do ponto de vista medicamentoso, anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno ou naproxeno, podem ser indicados para reduzir a inflamação e a dor, desde que não haja contraindicações. Analgésicos como paracetamol e dipirona também podem ser utilizados para alívio da dor, embora não atuem diretamente sobre o inchaço. Já os anti-inflamatórios tópicos, como adesivos de diclofenaco, oferecem uma alternativa de uso local.

Caso os sintomas persistam, é fundamental buscar atendimento médico. Em determinadas situações, pode ser necessário realizar uma punção articular, procedimento em que o excesso de líquido é retirado com uma agulha para aliviar a pressão e, eventualmente, encaminhado para análise laboratorial, com o objetivo de identificar a causa exata do derrame.

Especialistas reforçam que o sucesso do tratamento depende do reconhecimento precoce dos sintomas e da condução adequada por profissionais da saúde. Ignorar os sinais ou adiar o cuidado pode agravar o quadro e comprometer a funcionalidade do joelho a longo prazo.

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